TALENTO QUE VIROU HOBBY
Da mecânica aos quadros: fundador da Schimitão Auto Center é artista plástico há 46 anos
Figura conhecida na região e referência no mundo dos motores, Victor Milton Schmitz dedicou grande parte de sua vida à pintura de quadros
Última atualização: 22/01/2024 13:59
Em meio a óleo, graxa, pneus e ferramentas, o hamburguense e fundador da mecânica Schimitão Auto Center, Victor Milton Schmitz, 84, camufla seu talento e paixão pela arte. Quem passa pela porta da mecânica não imagina que seu idealizador, além de referência na área, é também um artista. Com tinta e pincel em punho, ele já criou mais de 100 pinturas sobre telas, eternizando momentos, rostos e paisagens.A inspiração surgiu ainda na infância e foi semeada por uma professora da Escola Estadual Dom Pedro II, cujo nome Schmitz se lembra bem: "Professora Laura Bohn". À época, eram poucos que sabiam de sua paixão. "Eu nunca me expus muito, mas com 84 anos, está na hora de mostrar um pouco do meu trabalho, ajudado pela minha companheira que me dá todo o apoio", comenta, fazendo referência à esposa, Marlene Kalfelz Schmitz.
Mesmo fascinado desde cedo pelo pelo universo artístico, sua primeira obra foi assinada aos 38 anos, em 1977. A tela é guardada com muito carinho até hoje. Ele relata que começou sem muita pretensão, fazendo desenhos no papel. "Toda vez que eu fazia, meus filhos diziam que ficavam bonitos e pediam para eu pintar mais. Aquilo me ajudou e me incentivou", afirma.
A pintura se tornou um hobby para Schmitz, que fundou a mecânica em 1966. Ele conciliava os atendimentos durante o dia com as pinturas à noite. Marlene conta que o marido chegou a montar um atelier dentro de casa, onde costumava se dedicar por horas às telas, e que sempre foi muito perfeccionista – característica assumida pelo próprio artista.
"De manhã, eu levava os quadros que eu tinha pintado na noite anterior e pendurava na oficina. Durante o dia, eu ficava olhando para o quadro para ver o que eu podia melhorar", relembra o fundador da Schimitão.
Cotidiano como inspiração
As telas em seu acervo são das mais variadas, criadas a partir de fotografias que ele próprio fazia durante as viagens em família ou no cotidiano pelas ruas de Novo Hamburgo. Entre as obras estão paisagens como o bairro Hamburgo Velho, a Cascata do Chuvisqueiro, em Riozinho, além de uma pintura retratando um sapateiro, para homenagear a cidade.
Pinturas decoram a casa e a mecânica
Embora já tenha pintado centenas de obras, Schmitz não faz da arte sua profissão e nunca chegou a vender quadros. "Nunca quis e não quero. É por amor". Ele guarda todas as suas pinturas: parte delas espalhadas pelas paredes de sua residência, parte delas decorando a mecânica, em Novo Hamburgo.Sua última obra foi pintada há cerca de dez anos. Nela, exibia palhaços, em uma série de quadros, inspirado por um circo que passou pelo Município. Marlene conta que, nesse meio tempo, o esposo tentou pintar o neto, mas não chegou a terminar o quadro por conta de um leve tremor nas mãos, trazido pela idade com o passar dos anos. Mas nem por isso o mecânico artista pensa em abandonar sua paixão. "Não aposentei os pincéis. Eles estão assim, parados, por enquanto."
Em meio a óleo, graxa, pneus e ferramentas, o hamburguense e fundador da mecânica Schimitão Auto Center, Victor Milton Schmitz, 84, camufla seu talento e paixão pela arte. Quem passa pela porta da mecânica não imagina que seu idealizador, além de referência na área, é também um artista. Com tinta e pincel em punho, ele já criou mais de 100 pinturas sobre telas, eternizando momentos, rostos e paisagens.A inspiração surgiu ainda na infância e foi semeada por uma professora da Escola Estadual Dom Pedro II, cujo nome Schmitz se lembra bem: "Professora Laura Bohn". À época, eram poucos que sabiam de sua paixão. "Eu nunca me expus muito, mas com 84 anos, está na hora de mostrar um pouco do meu trabalho, ajudado pela minha companheira que me dá todo o apoio", comenta, fazendo referência à esposa, Marlene Kalfelz Schmitz.
Mesmo fascinado desde cedo pelo pelo universo artístico, sua primeira obra foi assinada aos 38 anos, em 1977. A tela é guardada com muito carinho até hoje. Ele relata que começou sem muita pretensão, fazendo desenhos no papel. "Toda vez que eu fazia, meus filhos diziam que ficavam bonitos e pediam para eu pintar mais. Aquilo me ajudou e me incentivou", afirma.
A pintura se tornou um hobby para Schmitz, que fundou a mecânica em 1966. Ele conciliava os atendimentos durante o dia com as pinturas à noite. Marlene conta que o marido chegou a montar um atelier dentro de casa, onde costumava se dedicar por horas às telas, e que sempre foi muito perfeccionista – característica assumida pelo próprio artista.
"De manhã, eu levava os quadros que eu tinha pintado na noite anterior e pendurava na oficina. Durante o dia, eu ficava olhando para o quadro para ver o que eu podia melhorar", relembra o fundador da Schimitão.
Cotidiano como inspiração
As telas em seu acervo são das mais variadas, criadas a partir de fotografias que ele próprio fazia durante as viagens em família ou no cotidiano pelas ruas de Novo Hamburgo. Entre as obras estão paisagens como o bairro Hamburgo Velho, a Cascata do Chuvisqueiro, em Riozinho, além de uma pintura retratando um sapateiro, para homenagear a cidade.
Pinturas decoram a casa e a mecânica
Embora já tenha pintado centenas de obras, Schmitz não faz da arte sua profissão e nunca chegou a vender quadros. "Nunca quis e não quero. É por amor". Ele guarda todas as suas pinturas: parte delas espalhadas pelas paredes de sua residência, parte delas decorando a mecânica, em Novo Hamburgo.Sua última obra foi pintada há cerca de dez anos. Nela, exibia palhaços, em uma série de quadros, inspirado por um circo que passou pelo Município. Marlene conta que, nesse meio tempo, o esposo tentou pintar o neto, mas não chegou a terminar o quadro por conta de um leve tremor nas mãos, trazido pela idade com o passar dos anos. Mas nem por isso o mecânico artista pensa em abandonar sua paixão. "Não aposentei os pincéis. Eles estão assim, parados, por enquanto."
Mesmo fascinado desde cedo pelo pelo universo artístico, sua primeira obra foi assinada aos 38 anos, em 1977. A tela é guardada com muito carinho até hoje. Ele relata que começou sem muita pretensão, fazendo desenhos no papel. "Toda vez que eu fazia, meus filhos diziam que ficavam bonitos e pediam para eu pintar mais. Aquilo me ajudou e me incentivou", afirma.