Não é só na clássica obra O Mágico de Oz que um homem de lata faz sucesso. No Centro de Novo Hamburgo, uma figura peculiar tem chamado atenção da comunidade que transita principalmente pelo Calçadão Oswaldo Cruz. Faça chuva ou sol, ele está lá: o homem de lata do Calçadão.
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Seu nome é Paulo Sérgio Küter, um artista de rua de 46 anos que há 29 se aventura como estátua viva pela região. Morador de Sapiranga, ele se direciona todos os dias há pelo menos um ano e meio para Novo Hamburgo. “Acordo às 5 horas da manhã, chego no Centro às 8 horas e fico até as 17 horas, de segunda a sábado”, conta.
Essa rotina exaustiva e guerreira somam pelo menos nove horas diárias de trabalho. Com as altas temperaturas do verão, o ofício se torna ainda mais desafiador. “Tenho que aguentar no osso, é difícil. Já trabalhei em circo, mas hoje sou artista de rua de forma independente”, destaca Küter.
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Para se transformar no homem de lata, Küter dedica uma média de 45 minutos em uma pintura corporal com tinta específica para isso. A função já é costumeira para o artista, e o resultado vale a pena. “O público fica curioso, essa é uma novidade porque em Novo Hamburgo não tem muitas estátuas vivas”, reforça.
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Reconhecimento
Parado como uma estátua, é difícil imaginar como o artista consegue não se mexer. A interação com o público só acontece após um reconhecimento em dinheiro, valor que pode ser deixado de forma física ao seu lado ou por meio de Pix. “Costumo fazer cidades de interior também, sempre tem bastante movimento”, frisa Küter.
A situação chama atenção de quem passa pelo local, como a modeladora Marilene Lautarte, que precisou parar para registrar o homem de lata com uma foto em seu celular. “Achei que era uma estátua, não pensava que era uma pessoa de verdade. Essa foi a primeira vez que vi, me chamou muita atenção”, disse.