Dois homens foram detidos por vandalismo após chutarem uma porta da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Canudos, em Novo Hamburgo, na manhã de terça-feira (24). Durante a confusão, uma criança chegou a ser ferida.
Conforme nota divulgada pela Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo (FSNH), o caso aconteceu às 9h03, após os filhos de um paciente, o candidato a vereador da cidade Eron Paulo Lussani (Republicanos), se revoltarem por conta do tempo que o pai esperava por atendimento.
Nas redes sociais, circulam vídeos do paciente no chão da UPA reclamando de dor enquanto aguardava atendimento.
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Segundo a instituição, Eron chegou à unidade de saúde às 8h19 e passou pela triagem dois minutos depois, às 8h21, onde relatou estar com dores abdominais. Como os sinais vitais estavam dentro da normalidade, de acordo com a FSNH, o quadro foi classificado com cor verde, que significa “pouco urgente”.
Após cerca de 45 minutos de espera, inconformados, os filhos teriam chutado uma porta, que atingiu a cabeça de um menino que estava no local acompanhado do pai. O ferimento, contudo, não teve gravidade. A porta foi danificada e, conforme informa a fundação, demandará conserto.
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A Guarda Municipal foi acionada e os filhos do homem foram detidos por ato de vandalismo, sendo levados à delegacia. Segundo a Polícia Civil, o caso foi registrado como dano ao patrimônio público, mas, até a noite desta quarta-feira (25), não foram disponibilizados mais detalhes sobre a ocorrência.
Posteriormente, o candidato foi atendido e, conforme destaca a nota da FSNH, passa bem.
Posicionamentos
Em relação à classificação recebida pelo paciente na triagem, a instituição explicou que “utiliza o Protocolo do Ministério da Saúde como método de triagem de pacientes que procuram o serviço de emergência, é usado para classificar os riscos e definir quais são os pacientes que precisam de um atendimento prioritário. Em caso de discordância, o paciente pode pedir nova avaliação”.
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Ainda, a nota divulgada pela FSNH cita que durante a confusão “o paciente se atirou no chão, sendo filmado, com a reprodução fora de contexto divulgada nas redes sociais”.
A reportagem tentou contato com Eron, mas não houve retorno até a publicação. O espaço segue aberto para manifestação. O filho dele, Weverton Moisés Lussani, que foi um dos envolvidos, procurou a redação e às 23h26 desta quarta-feira enviou a sua versão do fato. Confira abaixo na íntegra:
“Na manhã do dia 24/09 meu pai passou mal em casa, e meu irmão mais velho levou ele às pressas para a UPA de Canudos, chegando lá passou reto para triagem, mesmo ele entrando com gritos de dor dentro da sala ele foi liberado para aguardar na recepção, nisso meu irmão foi me buscar em casa para eu ficar acompanhando meu pai. Nesse meio tempo, uma pessoa que estava local pegou o celular do meu pai e identificou o contato do meu irmão e por vídeo chamada mostrou a situação que meu pai estava. Nós três com muita raiva e ódio, por já ter passado a mesma coisa há 2 anos com minha mãe, onde veio ela a óbito, agimos na emoção para agilizar o atendimento de uma pessoa, sendo meu pai que estava gritando por socorro. Depois do ato de “vandalismo” como citado na nota que a UPA postou foi chamado a guarda municipal e fomos detido até a delegacia.”
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