Sistema de proteção

Confira como estão os estudos sobre as condições do dique de Novo Hamburgo

Prefeita Fatima Daudt concedeu entrevista à Rádio ABC 103.3 FM para falar sobre as condições do dique

Publicado em: 23/09/2024 15:38
Última atualização: 23/09/2024 15:40

Já iniciaram os trabalhos para saber quais são as condições dos dois quilômetros de dique no lado de Novo Hamburgo. Nesta segunda-feira (23), a prefeita Fatima Daudt participou do Programa NH 10, da Rádio ABC 103.3 FM, apresentado por Claudio Brito, para falar sobre o assunto.

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Dique no limite de Novo Hamburgo com São Leopoldo sofreu ruptura parcial durante a última enchente, o que exigiu manutenção Foto: Isaías Rheinheimer/GES-Especial

De acordo com ela, na sexta-feira da semana passada, técnicos da Analysis Consultoria Geotécnica e Civil Limitada, empresa de Porto Alegre que venceu a licitação, estiveram em Novo Hamburgo. Os profissionais fizeram a demarcação do local, sinalizando os pontos onde serão realizadas sondagens. O custo do levantamento emergencial será de R$ 311.516,80, com recursos do caixa da Prefeitura.

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Agora, uma outra empresa de Santa Catarina, que foi subcontratada pela Analysis, virá nesta semana ao Município para coletar amostras do terreno do dique. Segundo a prefeita, a decisão de chamar a prestadora de serviços catarinense foi tomada para agilizar a produção do laudo. Isso porque a empresa gaúcha está com muita demanda e só poderia realizar as sondagens a partir de outubro.

“Eles trarão um equipamento especial para isso, onde vão tirar as amostras para fazer a análise para sabermos como está a base do dique”, explica. No entanto, a prefeita não tem ainda uma data definida de quando o levantamento ficará pronto, pois a empresa precisa de tempo bom para fazer o trabalho, e há previsão de chuva para essa semana. “Nós estamos fazendo da forma que seja a mais rápida possível, mas também da forma que seja a mais segura possível”, disse.

“Essa análise da base do dique não deveria ser feita só em Nova Hamburgo. Nós estamos fazendo porque a gente quer garantir a segurança de todos, mas deveria ser feita em toda a extensão do dique”, defende a prefeita.

Fatima enfatiza que desde quando começaram os problemas com o dique, por conta da enchente histórica de maio, ela tem defendido a necessidade de um laudo sobre as condições da contenção. Conforme a chefe do Executivo, a estrutura no lado hamburguense é a parte mais comprometida do sistema atualmente.

Isso porque, além de ter sofrido com a pressão da cheia, a prefeitura leopoldense fez obras emergenciais na contenção, usando como acesso ao local o dique no lado de Novo Hamburgo. Essa operação, segundo laudo emitido pelo Instituto Militar de Engenharia (IME), pode ter comprometido ainda mais a estrutura da contenção no lado hamburguense. A Prefeitura de São Leopoldo nega que a passagem de veículos sobre o dique tenha trazido danos.

“Nós não podemos mexer no dique, construir ou subir ele se não houver um laudo técnico feito por uma empresa que tenha capacitação nesta tipologia, porque, senão, nós vamos colocar a segurança das pessoas em risco no futuro”, pondera.

Veja vídeo

A gestão do sistema de proteção de cheias do Estado, a partir de agora, será realizada por um Conselho de Gestão formado pelo governo federal e o Estado. Com isso, as obras futuras da bacia do Rio dos Sinos, que integram as intervenções de Novo Hamburgo, serão geridas por esse órgão. Os detalhes de como o conselho vai funcionar e quais são as primeiras atividades ainda não foram divulgados.

Com a extinção do Departamento Nacional de Obras e Saneamento (DNOS) em 1990, no governo Collor, sistema de proteção de cheias era administrado de maneira individual pelas prefeituras.

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