O Festival Internacional de Música de Novo Hamburgo (FeMusiK) chegou ao fim neste domingo (28) com muita música e emoção no Teatro Feevale. Depois de sete dias de programação cultural, a última noite contou com a 9ª Sinfonia de Beethoven, que sensibilizou as 1,8 mil pessoas presentes através do Especial 200 anos da Imigração Alemã.
Foram mais de 60 músicos e mais de 100 cantores no palco para apresentar o concerto de encerramento, sob regência do maestro Linus Lerner. O espetáculo também contou com os solistas Flávio Leite, Daniel Germano, Elisa Machado e Luciane Bottona, além da participação dos coros Madrigal Presto, Coral da PUCRS e Coral da UFRGS.
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Conforme a organização, a 9ª Sinfonia de Beethoven é um marco na história da música, pois foi a primeira sinfonia a colocar a voz humana no mesmo nível que os instrumentos, ou seja, a primeira a ter coro, vozes e a participação de solistas. Além disso, a obra completou 200 anos de sua composição em maio, o que colabora com a simbologia do festival, além de honrar a bagagem cultural dos imigrantes.
O maestro Linus Lerner, que também é Diretor Artístico e idealizador do FeMusiK, destaca o sucesso desta edição especial do festival. “Não só na parte de apresentações de qualidade, como na parte de apreciação de público, em que valorizamos o nosso público local. Com este evento nós descobrimos vários talentos. Também foi muito boa a surpresa de termos visto o teatro lotado hoje, afinal de contas, é o maior teatro do Rio Grande do Sul”, afirma Lerner.
Para o spalla da orquestra e músico da OSPA Geovane Marquetti, apresentar a 9ª sinfonia para o público de Novo Hamburgo é uma satisfação. “É a obra mais grandiosa do repertório orquestral. Quando você é estudante, um dos sonhos é poder tocar em uma das grandes sinfonias. É uma satisfação muito grande proporcionar isso para a comunidade de Novo Hamburgo”, destaca.
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No sábado (27), foi a vez do Núcleo de Orquestras Jovens de Novo Hamburgo se apresentar no Teatro Paschoal Carlos Magno. Para o maestro, o momento foi bastante especial para todos.
“Foi muito bonito ontem ver a orquestra jovem, que está se desenvolvendo já com mais repertório. É bonito ver e acompanhar a cada ano o quanto está progredindo, e também o interesse desses jovens em fazer música, da clássica à contemporânea”, ressalta Lerner.
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Por fim, o regente reforça a importância de contribuir para a cultura da comunidade. “Para mim é sempre bom estar aqui na terra trabalhando e ajudando a cultura local onde eu nasci. Eu tenho muito orgulho de continuar trazendo alguma novidade, e mais do que nunca estar promovendo o crescimento cultural da cidade”, completa Lerner.
Programação itinerante para o ano que vem
Para o diretor-geral do FeMusiK Gustavo Arthur Muller, as mais de 500 inscrições recebidas para o festival mostram o reconhecimento que ele tem entre os artistas. No entanto, por conta da enchente que atingiu o Rio Grande do Sul, a parte formativa precisou ser cancelada. “Decidimos manter a parte artística, justamente para marcar essa retomada após a calamidade”, afirma.
Para o ano que vem, Muller considera a possibilidade de o festival ser organizado de forma itinerante. “A ideia é fazer com que o próprio festival circule pela cidade e que também tenha atividades simultâneas em bairros afastados e também no Centro”, garante.
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