Cinco comunidades terapêuticas de Novo Hamburgo se reuniram para celebrar o Dia das Comunidades Terapêuticas com um simpósio realizado no Plenarinho da Câmara de Vereadores na noite desta quinta-feira (15). O evento teve como foco principal o acolhimento, a reinserção e a prevenção no contexto das dependências químicas, reunindo as comunidades Centro de Atenção Urbana à Dependência Química (Caudeq), Fazenda Renascer, Resgate Jovem, Casa de Paternidade e Desafio Jovem Gideões.
O simpósio foi promovido pelo Instituto Social Âncora, em colaboração com o Conselho Municipal de Assuntos Sobre Drogas (Comen/NH). A iniciativa também recebeu o apoio do Polo da Faculdade do Sertão Central (Fasec), valorizando a importância da parceria entre instituições para a promoção de um atendimento mais eficaz e integrado.
Conforme o presidente do Âncora e representante da Comissão de Eventos e Formação Continuada do Comen/NH, Marcos Timm, Comunidades Terapêuticas são instituições que realizam voluntariamente o acolhimento, prestando serviços de atenção a pessoas com transtornos decorrentes do uso, abuso ou dependência de substâncias psicoativas, tendo como principal instrumento terapêutico a convivência entre os pares.
“Essa data homenageia estas importantes entidades, que há mais de meio século (55 anos) têm contribuído no acolhimento e na reinserção social de dependentes químicos. Nesses espaços, pessoas que antes viviam em situações de vulnerabilidade encontram uma oportunidade de recomeço”, disse Timm.
Acolhimento humanitário
A bancada foi composta pela presidente do Comen/NH e da Caudeq, Rosângela Scurssel, pelo secretário executivo do Conselho Municipal Sobre Drogas – Comad e diretor da Gideões, Gilmar da Silva, além do jornalista mediador Paulo Barcelos.
“As famílias nos procuram bastante para saber o que fazer para salvar seu ente querido. E nós sempre recomendamos os serviços, entre eles a comunidade terapêutica. E nós precisamos identificar quais são as principais necessidades desses dependentes químicos. A base do acolhimento é o respeito, às vezes a pessoa chega da rua, mau cheiroso, mas não importa. Nesse momento o acolhimento deve ser feito através do abraço, e a partir dali, ele vai acontecendo”, iniciou Scurssel.
“As pessoas que chegam às comunidades terapêuticas, com a vida muitas vezes desajustadas, numa situação de vulnerabilidade social forte e laços familiares rompidos. Então as comunidades fazem essa reinserção social, devolvendo ele para a família de um jeito bem diferente do que ele chegou”, acrescentou Barcelos.
Ao ser questionado sobre qual é o desafio enfrentado por quem está no dia a dia cuidando de vidas, Silva respondeu que é preciso ter um olho clínico e trabalhar em uma rede grande de confiabilidade. “Pessoas que convivam, que acreditam, sujeitas a apostar e a sonhar que aquele ser humano tem um potencial, que está submetido a uma baixa estima da onde ele vem, mas que pode ser superado”, afirmou.
Na plateia, estavam diretores, equipes técnicas e psicólogos das cinco comunidades, além de pessoas que passaram pelo acolhimento. Ao final, a bancada foi presenteada pelos representados com uma placa em reconhecimento aos seus esforços.
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