Um dos últimos atos do governo Fatima Daudt (MDB) foi a assinatura da Ordem da ordem de serviço para o começo da segunda etapa das obras de recuperação do dique de contenção às cheias que corta o bairro Santo Afonso. As obras iniciaram ainda na segunda-feira (6) e a previsão é que o trabalho seja finalizado em quatro meses.
Nesta terça-feira (7) o novo prefeito de Novo Hamburgo, Gustavo Finck (PP), fez uma visita ao local onde as máquinas já começam a operar. A primeira etapa da obra consiste na retirada da vegetação, o que é necessário para que seja possível averiguar o material acumulado no fundo do rio.
LEIA TAMBÉM: IPTU: Confira passo a passo para emissão de novo boleto em Novo Hamburgo
Todas as medidas necessárias foram apontadas em um laudo técnico apresentado no final de 2024. O estudo apontou que o dique de Novo Hamburgo não sofreu danos estruturais durante as enchentes de maio do ano passado. Contudo, a altura do dique reduziu em consequência do período no qual o local serviu como passagem para veículos pesados.
Obras
Ainda no governo anterior algumas obras foram realizadas, no entanto, novas intervenções são necessárias justamente para, entre outras coisas, recompor a altura perdida do dique. Para isso, após a retirada da vegetação será feita a análise de profundidade do rio, que foi alterada em alguns trechos devido ao acúmulo de sedimentos trazidos pelas cheias.
Finalizada as etapas de limpeza de vegetação e do rio, a recuperação da altura do dique será feita com a colocação de novas camadas de argila compactada. A previsão do atual governo de Novo Hamburgo é finalizar todas as etapas até abril.
Futuro do dique
O laudo sobre a situação do dique de Novo Hamburgo foi entregue nas mãos do vice-governador Gabriel Souza (MDB) ainda em dezembro de 2024. A medida foi uma ação da gestão anterior com intuito de pressionar o governo estadual a fazer investimentos necessários para ampliar a proteção às cheias na cidade.
Um dos desafios é quanto ao aumento ou não do dique de contenção na cidade, já que na avaliação da gestão anterior, o mesmo não poderia ser feito individualmente por cada município, com risco de um prejudicar o outro.
Há também a questão dos recursos, já que obras de contenção são caras e demandam um valor vultoso para serem realizadas. A Construsinos foi a empresa vencedora da licitação e ficará responsável pelos reparos necessários ao longo do dique.
VEJA MAIS: BR-116: Entenda a obra que será executada antes da conclusão da nova alça de acesso à rodoviaO laudo também aponta para algumas ações necessárias, as quais dependem também dos governos do Estado e Federal. Entre elas está a remoção das famílias que ocupam áreas irregulares às margens do dique, um processo que depende tanto da oferta de imóveis por programas da União, como o Minha Casa Minha Vida (MCMV) e o Compra Assistida.
LEIA TAMBÉM