“É preciso saber viver!”. Com essa mensagem entoada em coro, o grupo Amigas de Mãos Dadas declarou abertas as atividades do Outubro Rosa na tarde desta segunda-feira (2), em Novo Hamburgo. Dezenas de mulheres se reuniram na Catedral São Luiz Gonzaga, no Centro da cidade, para prestarem apoio umas às outras e, juntas, superarem o câncer de mama.
Foto: Dário Gonçalves/GES-Especial
O grupo existe há 17 anos e se reúne às tardes de segunda-feira no salão nobre da catedral. Para a marcar a abertura oficial do Outubro Rosa, o encontro foi especial: contou com depoimentos de pacientes e da presidente Flávia Regina Trevisan, além de oração e música com o padre Marco Antonio Leal.
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“Somos um grupo de voluntárias que proporciona psicólogas, assistente social, nutricionista, professora de canto e de ginástica a mais de 150 pacientes. O que nos fortalece é ver elas felizes. Há pacientes curadas, com diagnóstico recente e em tratamento. A gente sente que está no caminho certo, porque médicos e pacientes comentam que nós fazemos uma ‘quimioterapia espiritual'”, explica Trevisan.
Mãos dadas é o símbolo de união entre as mulheres do grupo
Dário Gonçalves/GES-Especial
Mãos dadas é o símbolo de união entre as mulheres do grupo
Dário Gonçalves/GES-Especial
Padre Marco Antonio Leal conversou, rezou e cantou com o grupo
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Amigas de Mãos Dadas
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Amigas de Mãos Dadas
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Padre Marco Antonio Leal conversou, rezou e cantou com o grupo
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Integrante do grupo, Regina Beatriz da Silva, em seu depoimento
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Suporte emocional
Entre as participantes está Leda Soares de Freitas, de 68 anos. Ela descobriu o câncer há um ano, em outubro de 2022, durante um exame de toque após o banho. Iniciou o tratamento e, no dia 9 de março deste ano, realizou a cirurgia. De lá para cá, fez quimioterapias e a última será justamente nesta quarta-feira (4). “A quimioterapia branca quase me matou, tive reação a tudo. Com a vermelha, só tive vômito e náuseas”, relata.
Curada, segundo o diagnóstico médico, Freitas entrou no grupo a convite da amiga Janete, que também enfrentou um câncer. “Isso aqui é uma benção. A gente recebe toda a ajuda necessária: remédio, carinho, psicólogo. A vida da gente vira de cabeça pra baixo no diagnóstico. Questionei muito com Deus: ‘Por que eu?’, mas quando vim pra cá vi que não era só eu. O grupo mudou muito a minha vida em questão de amor, ânimo e compreensão”, comenta.
Outro caso é o de Vanessa Taís Müller, 39, moradora de Campo Bom. Ela identificou o câncer em meio à pandemia, em junho de 2021, também por meio do exame de toque. Passou por cirurgia e retirou a mama esquerda, tendo uma ótima recuperação, conta. Porém, no início deste ano, a doença voltou e mais duas cirurgias foram necessárias. Atualmente, está em tratamento, passando por quimioterapia e, provavelmente, fará radioterapia no ano que vem.
Foto: Dário Gonçalves/GES-Especial
Para ela, o Amigas de Mãos Dadas é um suporte fundamental para aquelas que precisam superar o câncer de mama. “Quando descobri que tinha voltado, fiquei pra baixo, mas conversaram comigo, passei por psicóloga e estou aqui, firme. Às vezes choro, mas sigo em frente, dou graças a Deus que eu tenho condições de ir fazer a quimio”, conta.
Programação do Outubro Rosa
- 11/10 – Homenagem na Câmara de Vereadores às 14 horas
- 16/10 – Palestras na Feevale
- 17/10 – Caminhada Outubro Rosa com saída da Praça do Imigrante, às 13h30
- 20/10 – Participação no evento da Brigada Militar na CDL
- 24/10 – Passeio com as pacientes
- 25/10 – Missa da Saúde Outubro Rosa na Catedral São Luiz Gonzaga, às 16 horas
- 28/10 – Chá Drive Outubro Rosa no estacionamento da Catedral, das 12h às 16 horas
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