AÇÃO SOCIAL
Celebração dos 40 anos da Pastoral da Criança marca busca por mais voluntários na região
Organização social atende cerca de 700 crianças no município
Última atualização: 08/10/2024 12:15
Um grupo de pessoas reunidas em prol de mulheres e crianças vulneráveis. Essa é a motivação que move a atuação da Pastoral da Criança, organização social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil que promove ações em comunidades carentes. A entidade, que celebra 40 anos de atividade no Rio Grande do Sul, busca novos voluntários.
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Entre os municípios de maior atuação da entidade está Novo Hamburgo. O grupo de voluntários acompanha o desenvolvimento de gestantes e crianças até os seis anos de idade. Segundo a coordenadora estadual da Pastoral, Nilva Canuto Libardi, a entidade atende cerca de 700 crianças na cidade, mas conta com apenas 70 voluntários — número considerado baixo.
O aumento no número de colaboradores é essencial para melhorar a qualidade e eficácia do atendimento. "Cada voluntário tem capacidade para acompanhar um número limitado de crianças. Quanto mais pessoas integrarmos à rede, melhor será o cumprimento da nossa missão", ressalta Nilva.
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O acompanhamento da Pastoral ocorre, principalmente, nas residências das famílias atendidas. Entre as comunidades hamburguenses que contam com o apoio dos voluntários está o Kephas, onde uma das mães atendidas pela entidade é a recicladora Josiane Silva de Quadros, de 37 anos.
Mãe de seis filhos e grávida do sétimo, Josiane não imagina a sua vida sem o apoio da organização social. “Só tenho a agradecer a Pastoral da Criança, sempre me ajudou quando precisei. Ainda mais para manter a vacinação dos meus filhos em dia”, afirma.
Para a coordenadora diocesana de Novo Hamburgo, Caren Dilly, o contato direto com as crianças e suas mães é fundamental para criar uma conexão sólida com as famílias. "É um trabalho que exige muito amor e essa proximidade é essencial", afirma.
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Como voluntariar
Os voluntários da Pastoral da Criança acompanham o desenvolvimento dos pequenos até o final da primeira infância, aos seis anos. Com o apoio de um aplicativo vinculado ao Ministério da Saúde, os líderes monitoram a saúde e a nutrição das crianças. "Nosso trabalho é, em grande parte, de orientação. Um dos temas mais discutidos atualmente com as famílias é a obesidade infantil", explica Caren.
Os interessados em ingressar no time de voluntários da Pastoral da Criança devem enviar e-mail com nome completo e telefone para o endereço s321@pastoraldacrianca.org.br.
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Do atendimento ao voluntariado
A diarista Carina Regina Garcia, 41 anos, é uma das voluntárias da Pastoral da Criança em Novo Hamburgo. A história da moradora do bairro Canudos com a organização social já tem 16 anos. “É uma ligação de amor e afeto muito forte”, conta.
Mãe de seis filhos, Carina conheceu o trabalho da Pastoral quando a terceira criança tinha sete meses. Na época, a filha estava muito doente e o apoio da organização foi importante para seguir em frente. “As pessoas estavam unidas em oração por mim e pela minha família. Às vezes a ajuda maior que você precisa é um apoio, e sempre encontrei isso na Pastoral”, lembra.
Quando o penúltimo filho, hoje com 12 anos, completou os seis, Carina precisou deixar o atendimento assistencial da organização. Foi nesse momento que para a sua surpresa recebeu o convite para integrar o time de voluntariado. “Acho um trabalho bacana, ajudo muitas pessoas. Muitas vezes pensei em desistir, mas não tem como porque é muito amor envolvido”, disse.
Celebração dos 40 anos
Apesar de ser brasileira, a Pastoral da Criança já se encontra em outros 11 países: Guiné-Bissau, Haiti, Peru, Filipinas, Moçambique, Bolívia, República Dominicana, Guatemala, Benin, Colômbia e Venezuela. A entidade, vinculada a Igreja Católica, completou 40 anos de atuação no Rio Grande do Sul em agosto.
Aqui no Estado, a Pastoral da Criança está presente em três arquidioceses, 15 dioceses, 193 paróquias e 521 comunidades. São mais de 800 líderes voluntários que todos os meses visitam mais de sete mil crianças e 300 gestantes. “Conseguimos chegar nesses 40 anos muito felizes com tudo o que foi feito, mas como uma expectativa grande de aumentar ainda mais o número de crianças e voluntários”, pondera Nilva.