NOVO HAMBURGO
CATÁSTROFE NO RS: "Seria precipitado dar uma data", diz secretária de Educação de Novo Hamburgo sobre retorno das aulas
Na cidade, 11 escolas municipais foram alagadas pela enchente, contudo, todas as 91 instituições da rede municipal seguem sem aulas
Última atualização: 16/05/2024 11:28
Além de reconstruir ou reformar casas e prédios que tiveram suas estruturas afetadas pela enchente, em Novo Hamburgo, outro desafio vai requerer investimentos da gestão municipal: a reestruturação das escolas atingidas pela água.
Na cidade, mais de 24 mil estudantes estão sem previsão de quando retornarão às salas de aula.
“Seria precipitado dar uma data. Vamos precisar de tudo, de reposição de equipamentos, materiais didáticos, móveis, não é simples. Então é importante que a comunidade entenda isso. Nós precisamos fazer passo a passo, mas com segurança para todos”, afirmou a titular da Secretaria Municipal de Educação (Smed), Maristela Guasselli em entrevista à Rádio ABC 103.3 FM.
Conforme levantamento da pasta, 11 das 91 instituições foram afetadas pelas chuvas. Em alguns casos, os prédios ainda estão debaixo d'água. “Muitas escolas ficaram alagadas até o teto. Então temos que começar do zero, quando a água baixar, porque algumas delas ainda não dá para entrar”, observou a secretária, sem detalhar quais ainda estão inundadas.
Das instituições alagadas, sete são do bairro Santo Afonso, três do bairro Canudos e uma do bairro Lomba Grande. Uma equipe de manutenção sob coordenação do engenheiro da Smed avalia as condições estruturais das escolas.
“Onde a água baixou, as equipes só podem entrar com aval do engenheiro e EPIs fornecidos pela Secretaria da Educação. A gente tem que ter cautela e muito cuidado.”
A secretária observa ainda que iniciou na primeira semana deste mês o acompanhamento das escolas atingidas, e um levantamento está em andamento sobre a situação de alunos, professores, equipe diretiva e funcionários da limpeza e cozinha.
“Os diretores das escolas estão trabalhando para localizar os alunos. Onde eles estão, se estão em abrigos, se estiverem, em qual abrigo, como podemos alcançá-los. Para termos um panorama da situação dos nossos estudantes.”
O mesmo trabalho acontece para identificar a situação de docentes e funcionários. De acordo com Maristela, no caso dos professores, a maioria não vive em Novo Hamburgo, o que dificultaria o deslocamento até as instituições.
“Professores que moram em municípios como Barra do Ribeiro, Gravataí e Cachoeirinha e outras cidades da região têm dificuldade de acesso para Novo Hamburgo por conta do transporte público, que não está funcionando ou pelas estradas que ainda estão bloqueadas”, comenta.
“Tudo isso precisa ser avaliado. A partir do resultado desta pesquisa vamos saber quais serão os próximos passos”, conclui.