RECONSTRUÇÃO
CATÁSTROFE NO RS: "Seria irresponsabilidade fazer um remendo", diz Fatima Daudt sobre o dique; equipe do Exército fará avaliação neste sábado
A estrutura teve um rompimento parcial de 40 metros de extensão e três de profundidade
Última atualização: 10/05/2024 21:28
A prefeita de Novo Hamburgo, Fatima Daudt, falou sobre a situação da enchente no município, em entrevista na rádio ABC 103.3 FM, na noite desta sexta-feira (10). O nível do Rio dos Sinos no final da tarde estava em 6,77 metros – abaixo da cota de inundação, que é 6,8 metros.
O principal assunto que preocupa se refere ao dique, que protege o bairro Santo Afonso, em Novo Hamburgo, e bairros de São Leopoldo, das águas do Rio dos Sinos. A estrutura teve um rompimento parcial de cerca de 40 metros de extensão, no trecho após a casa de bombas, já na parte leopoldense, que corresponde a Vila Brás.
Fatima reforçou o que já havia dito anteriormente, que fez contato com o comando do Exército, para que equipes atuem no local, já que o próprio Exército foi responsável pela construção da estrutura nos anos 1970, e por isso tem o conhecimento técnico e mais recursos para isso.
“Fiz contato para conseguirmos a solução para o nosso dique. Seria irresponsabilidade fazer um remendo. Precisamos dar segurança para as pessoas voltarem para suas casas”, disse.
Ela pontuou, ainda, que a estrutura está com muitas infiltrações. Uma avaliação do local mostra uma erosão de cerca de 40 metros de extensão e três metros de profundidade, segundo informações da prefeita.
Na noite desta sexta, servidores da Prefeitura foram até Canoas para buscar uma equipe do Instituto Militar de Engenharia (IME) do Exército, do Rio de Janeiro, que deve ir até o dique na manhã deste sábado (11), para uma avaliação. “Uma averiguação vai dizer o que fazer no local”, disse Fatima, completando que tem cobrado que essa obra de recuperação seja uma obra para toda a extensão do dique.
A prefeita também pontuou que a avaliação do Exército é necessária para indicar o que fazer na Vila Palmeira, já que o dique agora atua de forma contrária, represando a água que invadiu o bairro. A isso ainda se soma a inoperância da casa de bombas, já que os equipamentos ficaram submersos, fazendo com que a água do arroio Gauchinho também fique represada no local.
“O dique foi um elemento para proteger o bairro do rio. No momento que a água passa por cima, passa a ser contida pelo próprio dique. Ela não retorna para o rio. Esse trabalho que precisa ser feito agora, com acompanhamento do Exército, é justamente para retirar essa água de dentro do bairro. São milhões de litros de água”, conclui.