RECONSTRUÇÃO

CATÁSTROFE NO RS: Prejuízos contabilizados em Novo Hamburgo superam os R$ 300 milhões

Cálculo refere-se somente à área pública, considerando bens, infraestrutura, escolas, entre outros

Publicado em: 17/05/2024 21:27
Última atualização: 17/05/2024 21:38

Novo Hamburgo ainda sofre com a maior enchente de suas história, mais de duas semanas após o início da elevação das águas do Rio dos Sinos. A inundação ainda atinge inúmeras de casas, fazendo com que milhares de pessoas permaneçam desabrigadas e ainda não consigam ter noção de seus prejuízos.


Cenário de destruição pelas ruas Foto: Dário Gonçalves/GES-Especial

Contudo, a prefeitura já começou os cálculos. Somente em bens públicos, como infraestrutura de ruas, escolas, postos de saúde, redes de abastecimento e de esgoto etc, Novo Hamburgo estima em cerca de R$ 300 milhões os prejuízos causados pela maior enchente da história. 

Além disso, cerca de 6 mil empresas foram afetadas com perdas totais ou parciais, sendo metade delas no bairro Santo Afonso, Aproximadamente 15 mil pessoas também perderam parcial ou totalmente suas moradias, envolvendo maquinário e móveis, cujos prejuízos não é possível contabilizar.

Áreas mais afetadas

A inundação atingiu principalmente as Vilas Palmeira, Marrocos e Kroeff, no bairro Santo Afonso; Getúlio Vargas, Kipling, Esmeralda e Vila das Flores, em Canudos; bairros Industrial e Liberdade; e Vila Integração no bairro Lomba Grande, afetando a infraestrutura local.

Cenário de destruição pelas ruasDário Gonçalves/GES-Especial
Cenário de destruição pelas ruasDário Gonçalves/GES-Especial
Carro ficou completamente submersoDário Gonçalves/GES-Especial
Cenário de destruição pelas ruasDário Gonçalves/GES-Especial
Cenário de destruição pelas ruasDário Gonçalves/GES-Especial
Cenário de destruição pelas ruasDário Gonçalves/GES-Especial
Cenário de destruição pelas ruasDário Gonçalves/GES-Especial

Neste último, a comunidade rural teve perdas e danos em açudes, com danos agrícolas, pecuária e turismo, cujos valores também não foram contabilizados. As cheias também causaram prejuízos ambientais, principalmente pela invasão de detritos sólidos em cursos d'água e açudes.

Entre as instituições, 11 escolas municipais foram afetadas com perdas totais ou parciais, assim como três unidades de saúde, além do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Santo Afonso.


Descartes da escola Chapeuzinho Vermelho, no bairro Canudos Foto: Dário Gonçalves/GES-Especial

Conforme o Poder Público, o transbordamento sobre o dique, além da ruptura no lado de São Leopoldo no limite entre as duas cidades, compromete seriamente a integridade da contenção, e também a Casa de Bombas do bairro Santo Afonso, que ficou inteiramente submersa. “Ambos precisam de investimentos para, além de sua recuperação, o redimensionamento considerando a nova realidade da cheia”, informa.

Dentro dos R$ 300 milhões, cerca R$ 45 milhões são de prejuízos estimados pela Comusa em sua rede de captação e abastecimento.

*Colaborou Isaías Rheinheimer

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