RECONSTRUÇÃO
CATÁSTROFE NO RS: Prejuízos contabilizados em Novo Hamburgo superam os R$ 300 milhões
Cálculo refere-se somente à área pública, considerando bens, infraestrutura, escolas, entre outros
Última atualização: 17/05/2024 21:38
Novo Hamburgo ainda sofre com a maior enchente de suas história, mais de duas semanas após o início da elevação das águas do Rio dos Sinos. A inundação ainda atinge inúmeras de casas, fazendo com que milhares de pessoas permaneçam desabrigadas e ainda não consigam ter noção de seus prejuízos.
Contudo, a prefeitura já começou os cálculos. Somente em bens públicos, como infraestrutura de ruas, escolas, postos de saúde, redes de abastecimento e de esgoto etc, Novo Hamburgo estima em cerca de R$ 300 milhões os prejuízos causados pela maior enchente da história.
Além disso, cerca de 6 mil empresas foram afetadas com perdas totais ou parciais, sendo metade delas no bairro Santo Afonso, Aproximadamente 15 mil pessoas também perderam parcial ou totalmente suas moradias, envolvendo maquinário e móveis, cujos prejuízos não é possível contabilizar.
Áreas mais afetadas
A inundação atingiu principalmente as Vilas Palmeira, Marrocos e Kroeff, no bairro Santo Afonso; Getúlio Vargas, Kipling, Esmeralda e Vila das Flores, em Canudos; bairros Industrial e Liberdade; e Vila Integração no bairro Lomba Grande, afetando a infraestrutura local.
Neste último, a comunidade rural teve perdas e danos em açudes, com danos agrícolas, pecuária e turismo, cujos valores também não foram contabilizados. As cheias também causaram prejuízos ambientais, principalmente pela invasão de detritos sólidos em cursos d'água e açudes.
Entre as instituições, 11 escolas municipais foram afetadas com perdas totais ou parciais, assim como três unidades de saúde, além do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Santo Afonso.
Conforme o Poder Público, o transbordamento sobre o dique, além da ruptura no lado de São Leopoldo no limite entre as duas cidades, compromete seriamente a integridade da contenção, e também a Casa de Bombas do bairro Santo Afonso, que ficou inteiramente submersa. “Ambos precisam de investimentos para, além de sua recuperação, o redimensionamento considerando a nova realidade da cheia”, informa.
Dentro dos R$ 300 milhões, cerca R$ 45 milhões são de prejuízos estimados pela Comusa em sua rede de captação e abastecimento.
*Colaborou Isaías Rheinheimer