EM BUSCA DE SOLUÇÃO
CATÁSTROFE NO RS: Militares do Exército estão reunidos em Novo Hamburgo para avaliar problema do dique
Três especialistas em construção de diques, que vieram do Rio de Janeiro, chegaram na noite desta sexta-feira ao Estado
Última atualização: 11/05/2024 15:03
Os professores do curso de Engenharia de Fortificação e Construção do Instituto Militar de Engenharia (IME) já estão em Novo Hamburgo. Os três especialistas em construção de diques, que vieram do Rio de Janeiro, chegaram neste sábado (11) ao Estado.
Conforme a prefeita Fatima Daudt informou no final da manhã de hoje, desde cedo os militares estão em reunião com os técnicos do município no Centro Administrativo Leopoldo Petry. "Realmente o problema que envolve o nosso dique é muito grande e estamos chamando as autoridades competentes para essa reunião aqui”, explicou a chefe do Executivo.
O encontro também teve a participação do promotor de Justiça Sandro de Souza Ferreira.
A situação da Vila Palmeira (Novo Hamburgo) e da Vila Brás (São Leopoldo) é agravada pelo colapso da casa de bombas do bairro Santo Afonso, que foi danificada e não tem possibilidade de bombear água para o Rio dos Sinos.
O Ministério Público vai intermediar uma reunião conjunta entre os técnicos de Novo Hamburgo e São Leopoldo, além do grupo do IME, ainda na tarde deste sábado para alinhar ações conjuntas no dique, que levarão em conta as considerações dos especialistas.
Segundo a Prefeitura, além do diagnóstico sobre o tamanho do problema, também estão sendo consideradas as medidas mais adequadas, neste primeiro momento, para não comprometer a estrutura do dique. Ainda é cogitada a possibilidade de contar com o aparato do Exército nas obras de reconstrução da contenção.
Na última terça-feira, a prefeita pediu auxílio ao Comando Militar do Sul do Exército Brasileiro, comandando pelo general Hertz Pires. Ocorre que a estrutura de 21 quilômetros, sendo 2,5 quilômetros em Novo Hamburgo e o restante em São Leopoldo, foi construído a partir da década de 1970. O responsável pelas obras foi o Departamento Nacional de Obras Saneamento (DNOS), ligado ao governo federal.
Integram a equipe do IME, Maria Esther Soares Marques, especialista em Geotecnia e professora de pós-graduação no instituto; o coronel da reserva Marcelo de Miranda Reis, professor na área de Recursos Hídricos; e o tenente-coronel Adriano de Paula Bandeira, chefe do Comando Regional de Obras da 3ª Região Militar e professor de Engenharia Civil no instituto.
A Engenharia de Fortificação e Construção é a especialidade mais antiga da Engenharia Militar, com origem em 1699.