Morador do bairro Santo Afonso, em Novo Hamburgo, Luis Oneide Canabarro, de 61 anos, vive um de seus piores momentos na vida. Diabético, ele não tem uma das pernas e, assim como no ano passado, perdeu tudo o que tinha para mais uma enchente. Sua casa permanece dentro d’água. Após não conseguir abrigo na Fenac, sua opção foi ficar dentro de seu carro em um ponto de táxi na Avenida Primeiro de Março. Sem conseguir nem mesmo se levantar para fazer as necessidades, seu estado requer ajuda imediata.
O idoso conta que quando a enchente começou, buscou abrigo na casa de familiares em Canos e Tabaí. Contudo, por ter problemas de saúde, precisou ser internado, primeiro em Montenegro e depois em Triunfo. Após cerca de uma semana de internação, Canabarro decidiu voltar para Novo Hamburgo. “Eu nasci e me criei aqui, e se for para morrer, vou fazer isso aqui”, desabafa.
Na quarta-feira (22), diz ter buscado abrigo na Fenac, mas por estar sozinho e ser deficiente, teriam dito que não poderiam ficar com ele no local, porque não teria quem o cuidasse e ajudasse em suas necessidades. Sem ter para onde ir, estacionou seu carro junto a um ponto de táxi na rótula das avenidas Primeiro de Março e Nações Unidas. “Eu não tenho para onde ir e o abrigo não me aceita. Sou um idoso com deficiência e nunca passei por algo tão difícil na minha vida”, lamenta.
Às 17h47 do mesmo dia, a Prefeitura informou que verificaria a situação e, mais tarde, perto das 19 horas, informou que um profissional da Secretaria Municipal de Assistência Social (SDS) foi ao local e levou o morador à FENAC, onde está acolhido e abrigado. A SDS disse ainda que todas as pessoas estão sendo acolhidas, inclusive deficientes físicos e mentais.
.
LEIA TAMBÉM