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SAÚDE

CATÁSTROFE NO RS: Hospital de Campanha é montado para atender vítimas das enchentes em Novo Hamburgo

Mesmo com forte chuva, espaço já está organizado para atendimentos, que dependem da chegada de profissionais da área de saúde das Forças Armadas

Giordanna Vallejos
Publicado em: 23/05/2024 às 17h:11 Última atualização: 23/05/2024 às 17h:16
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O Ministério da Saúde finalizou, nesta quinta-feira (23), a montagem do quarto Hospital de Campanha (HCamp) no Rio Grande do Sul.

Em uma ação coordenada entre a Secretaria de Saúde de Novo Hamburgo e a Força Nacional, o quarto hospital de campanha foi montado ao lado da UPA Centro do Município, para lidar com o aumento significativo de atendimentos médicos, resultante dos alagamentos.



Técnicos da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (FN-SUS), mesmo sob forte chuva, estiveram realizando a instalação de toda estrutura composta por duas grandes tendas infláveis.

Serão seis médicos, três enfermeiros e técnicos de enfermagem prestando atendimento 24 horas por dia. A nova unidade tem capacidade para realizar entre 150 e 200 atendimentos diários.

Marcelo Reidel, secretário de saúde de Novo Hamburgo, diz que a previsão de início dos atendimentos é para esta sexta-feira (24), mas que depende da chegada dos profissionais que estão vindo da Força Nacional. Ele destaca que toda a estrutura e insumos estão sendo fornecidos pela Força Nacional, com apoio do município.

Reforço na capacidade de atendimento

A instalação do hospital de campanha representa um reforço significativo na capacidade de atendimento da cidade. Reidel destacou que a unidade de pronto atendimento (UPA) do município realiza, em média, mais de 250 atendimentos diários. 

Com a nova estrutura, essa capacidade será dobrada. “Essa estrutura vai nos possibilitar acolher os cidadãos o mais rápido possível”, afirmou Reidel, enfatizando que o hospital de campanha é crucial para lidar com o aumento de casos de doenças resultantes das enchentes.

Funcionamento e distribuição de atendimentos

Adriana Schuh, coordenadora da UPA Centro, esclareceu que a princípio, o hospital de campanha funcionará 24 horas por dia. “Vai ser distribuído, então, os atendimentos de urgência entre a UPA e o Hospital de Campanha”, explicou Schuh.

A ideia, segundo ela, é que pacientes com classificações verdes e azuis, que representam casos menos urgentes, sejam atendidos prioritariamente no hospital de campanha. “Os mais emergenciais são os vermelhos, eles até fazem um atendimento aqui se necessário”, acrescentou Schuh, ressaltando que a UPA continuará oferecendo suporte.

Estrutura completa

A estrutura do hospital de campanha não se limita a tendas e leitos. Segundo Schuh, já foram trazidos equipamentos essenciais, como respiradores, para garantir que a unidade esteja plenamente funcional. “A parte elétrica, deixaram tudo pronto, instalaram um ar-condicionado, isso tudo já está funcionando”, detalhou Schuh, destacando a rapidez e eficiência da montagem.

Aumento da demanda

Desde o início das chuvas, a demanda por atendimentos na UPA aumentou significativamente. Schuh relatou que, atualmente, a unidade atende cerca de 290 pacientes por dia, muito acima da capacidade normal. 

“Com certeza, o hospital de campanha vai desafogar a nossa porta, otimizar mais o atendimento, conseguir atender com mais agilidade”, afirmou Schuh, enfatizando a importância da nova unidade para a saúde pública do município.

Ainda não há uma previsão exata de quanto tempo o hospital de campanha permanecerá em operação. “Até porque não se sabe até quando vai precisar”, comentou Schuh, expressando a incerteza em relação à duração da crise.

A nova estrutura em Novo Hamburgo é financiada pela Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) e pelo Grupo Hospitalar Conceição (GHC).

Onde encontrar

A UPA Centro e o Hospital de Campanha estão localizados na Rua Visconde de Taunay, nº 134, no bairro Rio Branco. Os Hospitais de Campanha são centros de assistência médica de caráter temporário, montados para atender a população durante emergências ou desastres, como regiões de calamidade pública.

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