Com a água do Rio dos Sinos avançando até locais que nunca haviam chegado, moradores de Novo Hamburgo estão tendo que sair de suas casas e, mais do que nunca, se unirem neste momento de perdas. De acordo com a prefeita Fatima Daudt, a cheia deve superar a enchente histórica de 2013, ultrapassando a marca de 8,22 metros.
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Por conta disso, muitos moradores já deixaram suas casas, enquanto outros fazem o que podem para proteger seus pertences e passarem por este momento difícil. Na Vila Kroeff, próximo ao campo do Canto do Rio, o morador Pedro Bondan, de 57 anos, conta que ele e o filho, 35, estão se revezando em casa para cuidar das coisas.
“A gente se reveza, nossa casa tem dois pisos e a água já está na metade do primeiro. Mas não podemos sair de lá porque temos medo que entrem e roubem as coisas. Essa é a hora de nos unirmos, ajudarmos os vizinhos e fazermos o que estiver ao nosso alcance”, disse.
Bondan também relembrou a enchente de 2013, quando a água ultrapassou a goleira do campo de futebol. “Agora a água está na metade, mas já estão avisando que vai ser pior que a de 2013. Então temos que nos preparar para isso, já não tem muito o que possa ser feito”, completa.
Um carro de som da Prefeitura de Novo Hamburgo e outro da Guarda Municipal percorriam as ruas do bairro nesta tarde alertando sobre os perigos. “Atenção, moradores! O volume de água que está descendo do Rio dos Sinos é muito alto. A inundação deve avançar para onde não alagava. Levantem seus móveis e procurem abrigo na casa de parentes e amigos, ou nos abrigos da Prefeitura. Ou contate a Defesa Civil no telefone 3587-7863, ou Corpo de Bombeiros, no telefone 193”, informava a mensagem.
Na rua Eldorado, no bairro Santo Afonso, estrada que leva até a Casa de Bombas, a água também já toma conta de alguns pontos, fazendo com que os moradores comecem a deixar suas casas. Senair Ferreira, de 50 anos, contou que pela manhã a água chegou a ultrapassar o nível da calçada, mas havia recuado durante a tarde. Mesmo assim, ele e familiares estavam levando os móveis para um outro local e, o que ficou na casa, estava sendo erguido. Com a água chegando dentro de casa, os moradores deverão ir para a Congregação México, igreja no bairro que está sendo usada como abrigo.
Um outro ponto interditado é a Rua Managua.
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