Fechada há sete anos, a movimentação na Casa da Lomba, na Rua João Aloysio Algayer, em Novo Hamburgo, começa a ser vista por quem passa pelo endereço.
Desde o final de junho, foi dada a largada para a restauração do prédio da antiga Escola Meyer, do bairro Lomba Grande, e nesta arrancada inicial, até morador foi contratado pela empresa vencedora da licitação para trabalhar no espaço histórico.
É o caso do marceneiro Fernando Luis Albrecht, de 60 anos. Ele vivencia a obra da Casa da Lomba. “Estou achando muito bom. Eu moro há 34 anos aqui em Lomba Grande, mas não conhecia o espaço pessoalmente”, relata, enquanto realiza a limpeza da área onde serão construídos os banheiros para pessoas com deficiência.
No entanto, o prédio faz parte de sua família. A filha Sabrina Albrecht participou do coral Canta Lomba na época que o prédio estava de portas abertas. “Agora, estou conhecendo e torço para que volte a funcionar o espaço que formou muitas pessoas em seus projetos”, frisou na terça-feira (9).
Segundo a Secretaria Municipal de Obras Públicas, Serviços Urbanos e Viários (Semopsu), neste primeiro momento, a obra está concentrada na limpeza do espaço e na montagem do canteiro.
A empresa que realiza a restauração do prédio é a Gerson Schenkel Eireli – EPP, de Rolante. Ela venceu o processo licitatório e terá 12 meses para concluir, embora o prazo possa ser prorrogado pelo Município, caso este julgue necessário.
O proprietário da empresa que leva seu nome explica que, além de sua equipe, faz sempre questão de contratar pessoas da comunidade para melhor aproximação com os moradores do bairro. “É uma prática que a gente usa sempre em todos os locais”, acrescenta, antecipando que pretende contratar mais pessoas da comunidade de Lomba Grande.
Utilidade
Além de mãos de ter representantes nas obras, a definição de como o espaço será utilizado também contará com a comunidade local. O secretário de Cultura, Ralfe Cardoso, salienta que a proposta é um calendário de diálogo com os moradores a partir de outubro. “Até lá, já teremos uma estimativa mais adequada sobre o andamento do restauro”, reforça.
Para o titular da Secult, o início desse restauro é um símbolo para valorização da história da cidade, em especial para a comunidade de Lomba Grande.
Acompanhamento
O chefe do Departamento de Patrimônio Histórico e Cultural da Secult, Fernando Carvalho, explica que a pasta esclarece dúvidas com relação às questões voltadas diretamente à preservação do patrimônio histórico e cultural, já que há acompanhamento das obras em si é pela Semopsu.
As visitas de Carvalho devem ser semanais, como na terça, quando esteve acompanhado do assistente de fiscalização e do estagiário de história da Secult, Eliezer Carpes e Paulo de Avila, respectivamente.
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