TRADIÇÃO
Carreteada resgata tradições do campo em Lomba Grande
Programação teve início neste sábado e segue no domingo, reunindo cerca de 300 famílias de carreteiros
Última atualização: 25/01/2024 13:51
Uma tradição que passa de pais para filhos e deixa vivo os costumes do campo. É assim a Carreteada de Lomba Grande que teve seu desfile neste sábado (4) e que segue com programação no domingo (5), em Novo Hamburgo. Cerca de 300 carretas participam do encontro que é organizado pela Associação dos Amigos Carreteiros de Lomba Grande. Neste sábado, além do desfile, tem baile com Os Quentucho, a partir das 23 horas, na Sociedade Gaúcha de Lomba Grande. No domingo haverá a entrega dos prêmios de participação aos carreteiros.
De geração em geração
A criançada participou do desfile de carretas que teve início no começo da tarde, na João Aloysio Allgayer em direção à Sociedade Gaúcha de Lomba Grande. Nem mesmo a chuva, que começou depois, deteve os carreteiros.
Os irmãos Schuch Gabriela, 6 anos, e Pedro, 10, fizeram questão de estar neste momento com a família. "O mais legal do desfile é andar de carreta", comenta Pedro. "E morar aqui (em Lomba Grande) também é muito legal", completa Gabriela. Para a mãe da dupla, a agricultora Carla Schuch, 38, a carreteada é uma forma de preservar a cultura que já foi muito utilizada como meio de transporte e que, em alguns casos, ainda é utilizada na agricultura familiar."O desfile é uma tradição, é uma forma de preservar e prestigiar algo que foi e ainda é importante. Meu pai não participava de desfiles, mas usava a carreta para trabalhar na agricultura. Isso passou de geração para geração. Hoje se usa menos a carreta. Temos máquinas que fazem trabalho mais pesado e de forma mais ágil", ressalta Carla.
O estudante de medicina veterinária Cassiel Nerbas, 21, mora em Lomba Grande há sete anos e sempre participa da carreteada. "É a maneira de incentivar a nova geração", diz. Segundo Cassiel, os bois auxiliam a 'puxar o pasto' na propriedade da família apenas durante o inverno e recebendo os cuidados necessários.Na carreta da família Nerbas, desfilaram também as gêmeas Alice e Roberta Lazaretti, 5. "Adoro desfilar", conta Alice. As meninas estavam acompanhadas da mãe, a professora Juliana Michaelsen, 45. "Temos uma chácara em Lomba Grande e é nosso segundo desfile, viemos acompanhando nossos vizinhos", relata Juliana.
Patrimônio da cidade
No ano passado, a Câmara de Vereadores aprovou a lei que tornou a Carreteada de Lomba Grande como patrimônio histórico-cultural imaterial de Novo Hamburgo. "É realmente um patrimônio da nossa cidade. É lindo de ver! Eu venho sempre que posso", destacou a prefeita, Fatima Daudt, pouco antes do desfile de carretas.
O presidente da Associação dos Amigos Carreteiros de Lomba Grande, Décio Machado, também frisou a relevância do evento. "É um forte vínculo com o colono, é uma tradição, é um encontro de famílias."
Uma tradição que passa de pais para filhos e deixa vivo os costumes do campo. É assim a Carreteada de Lomba Grande que teve seu desfile neste sábado (4) e que segue com programação no domingo (5), em Novo Hamburgo. Cerca de 300 carretas participam do encontro que é organizado pela Associação dos Amigos Carreteiros de Lomba Grande. Neste sábado, além do desfile, tem baile com Os Quentucho, a partir das 23 horas, na Sociedade Gaúcha de Lomba Grande. No domingo haverá a entrega dos prêmios de participação aos carreteiros.
De geração em geração
A criançada participou do desfile de carretas que teve início no começo da tarde, na João Aloysio Allgayer em direção à Sociedade Gaúcha de Lomba Grande. Nem mesmo a chuva, que começou depois, deteve os carreteiros.
Os irmãos Schuch Gabriela, 6 anos, e Pedro, 10, fizeram questão de estar neste momento com a família. "O mais legal do desfile é andar de carreta", comenta Pedro. "E morar aqui (em Lomba Grande) também é muito legal", completa Gabriela. Para a mãe da dupla, a agricultora Carla Schuch, 38, a carreteada é uma forma de preservar a cultura que já foi muito utilizada como meio de transporte e que, em alguns casos, ainda é utilizada na agricultura familiar."O desfile é uma tradição, é uma forma de preservar e prestigiar algo que foi e ainda é importante. Meu pai não participava de desfiles, mas usava a carreta para trabalhar na agricultura. Isso passou de geração para geração. Hoje se usa menos a carreta. Temos máquinas que fazem trabalho mais pesado e de forma mais ágil", ressalta Carla.
O estudante de medicina veterinária Cassiel Nerbas, 21, mora em Lomba Grande há sete anos e sempre participa da carreteada. "É a maneira de incentivar a nova geração", diz. Segundo Cassiel, os bois auxiliam a 'puxar o pasto' na propriedade da família apenas durante o inverno e recebendo os cuidados necessários.Na carreta da família Nerbas, desfilaram também as gêmeas Alice e Roberta Lazaretti, 5. "Adoro desfilar", conta Alice. As meninas estavam acompanhadas da mãe, a professora Juliana Michaelsen, 45. "Temos uma chácara em Lomba Grande e é nosso segundo desfile, viemos acompanhando nossos vizinhos", relata Juliana.
Patrimônio da cidade
No ano passado, a Câmara de Vereadores aprovou a lei que tornou a Carreteada de Lomba Grande como patrimônio histórico-cultural imaterial de Novo Hamburgo. "É realmente um patrimônio da nossa cidade. É lindo de ver! Eu venho sempre que posso", destacou a prefeita, Fatima Daudt, pouco antes do desfile de carretas.
O presidente da Associação dos Amigos Carreteiros de Lomba Grande, Décio Machado, também frisou a relevância do evento. "É um forte vínculo com o colono, é uma tradição, é um encontro de famílias."
De geração em geração