Resgatados da enchente em Novo Hamburgo, cães abrigados no antigo hotel da Fenac estão prontos para voltar para casa. Um mês depois da enchente, ainda há pessoas que procuram o abrigo em busca de seu animal de estimação. Mas a maioria está lá sem dono. Para aproximar esses cães – que chegaram a ser 250 abrigados – de uma nova casa, prefeitura e voluntários iniciaram o processo de adoção dos animais.
No domingo (9), ocorre a primeira feira de adoção dos cães abrigados no antigo hotel da Fenac ( Rua Araxá, n°755, no bairro Ideal). O evento começou às 11h e segue até as 17h, e somente até o início da tarde dez animais já haviam sido adotados. Passada a feira, os cães remanescentes seguem disponíveis para a adoção. Basta ir até o local para conhecer um deles e estar disposto a adotar. Mas há alguns critérios que devem ser obedecidos.
Todos os cães adotados no abrigo em Novo Hamburgo ou estão castrados ou devem ser castrados quando atingirem a idade adequada para o procedimento.
A castração é uma das principais condições, frisa a voluntária Mariana Souza, que atua na coordenação do abrigo.
Ela afirma que o animal adotado tem direito à castração gratuita. Para adotar, precisa comprovante de residência, documento de identidade e ser maior de 18 anos. “Castração é obrigatória para os cães adotados. A gente entra em contato para marcar as castrações”, informa Mariana.
Cão ganha um novo lar na feira de adoção na Fenac
A feira de adoção sensibilizou a balconista de farmácia Paula Lopes, 36 anos, que foi até o local com a filha Larissa, 7 anos, inicialmente, com a intenção de “dar carinho” aos animais. Mas elas voltaram para casa com um novo integrante na família: Véinho, nome ganhou ao ser adotado, um caramelo adulto de pequeno porte encantou mãe e filha.
Morando em Novo Hamburgo há quatro anos, desde que veio de Santa Catarina, Paula sentia falta de um cachorro desde o sumiço do pit bull que ela criava. “Temos um peixinho, mas não é mesma coisa. Ainda faltava um pet. Minha filha queria um cachorrinho, mas eu não compraria. Só iria adotar, mas estava esperando o momento certo”, conta.
Acompanhando toda a tragédia que aconteceu em Novo Hamburgo com a enchente, Paula ficou sensibilizada e sentiu que poderia ajudar de alguma forma. “Trabalho em farmácia e percebo a demanda de remédios nesses últimos tempos”, observa ela, que também acompanha o trabalho das amigas que são voluntárias no abrigo de animais. E da intenção de dar carinho aos cães resgatados, ela percebeu que a feira era o “momento certo” que aguardava para adotar um novo cão. Larissa finalmente teve o pet que tanto pedia à mãe.
LEIA TAMBÉM