VIOLÊNCIA POLICIAL
Brigadianos são presos por torturar mulher com sacola na cabeça em Novo Hamburgo
Soldados, afastados há dois dias, foram recolhidos após interrogatório na manhã desta quarta-feira (4) em Porto Alegre
Última atualização: 11/01/2024 12:02
Flagrados por câmera oculta durante sessão de tortura a uma comerciante de 30 anos no bairro São José, em Novo Hamburgo, na noite de domingo (1º), dois soldados da Brigada Militar foram presos na manhã desta quarta-feira (4). As preventivas foram cumpridas após interrogatório na Corregedoria-Geral da corporação, em Porto Alegre. Eles estavam afastados do policiamento ostensivo desde segunda-feira (2). Os nomes não foram informados.Os soldados estão sendo penalizados, inicialmente, em inquérito policial militar, mas devem ser processados também na Justiça comum. O vídeo das agressões viralizou. Nas imagens, um policial aparece colocando uma sacola plástica na cabeça da dona de um bar, algemada, enquanto o colega observa. A dupla estava de serviço e fardada.
A comerciante afirmou à reportagem que ela e o marido foram torturados. Segundo ela, o companheiro foi a primeira vítima. Com um saco na cabeça e amarrado até perder o ar, teria levado socos, tapas e chutes. “Quem mais sofreu foi ele. Foi uma cena de terror.” Com o marido ferido e já sem forças, foi a vez dela. “Se eu fecho os olhos, vejo o policial na minha frente e escuto o barulho do saco na minha cabeça”. Ainda segundo a comerciante, foi obrigada a levantar a blusa e mostrar os seios, para provar que não escondia droga.
Acusações graves
Conforme as vítimas, que afirmam não lidar com o tráfico, os brigadianos insistiam para dizer onde tinha droga. A acusação vai além. “Toda vez que a gente pensa que vai conseguir reerguer o bar, eles chegam lá e tiram nosso dinheiro, nossas bebidas. Mas agora passaram dos limites. Eles vão lá e acham que tem droga. Entram e revistam, quebram tudo e não acham nada, porque é um bar mesmo. Nunca acharam droga porque não tem.”
Em nota, a Brigada salientou que as condutas são "incompatíveis com a atividade policial militar". Os soldados, cada um com cerca de cinco anos na corporação, foram levados para presídio militar na capital. Estão enquadrados nos crimes de tortura e abuso de autoridade. A Corregedoria já teria ouvido as vítimas e estaria tomando depoimento de colegas dos acusados para detalhar a abordagem, que ocorreu por volta das 21 horas de domingo.
Flagrados por câmera oculta durante sessão de tortura a uma comerciante de 30 anos no bairro São José, em Novo Hamburgo, na noite de domingo (1º), dois soldados da Brigada Militar foram presos na manhã desta quarta-feira (4). As preventivas foram cumpridas após interrogatório na Corregedoria-Geral da corporação, em Porto Alegre. Eles estavam afastados do policiamento ostensivo desde segunda-feira (2). Os nomes não foram informados.Os soldados estão sendo penalizados, inicialmente, em inquérito policial militar, mas devem ser processados também na Justiça comum. O vídeo das agressões viralizou. Nas imagens, um policial aparece colocando uma sacola plástica na cabeça da dona de um bar, algemada, enquanto o colega observa. A dupla estava de serviço e fardada.
A comerciante afirmou à reportagem que ela e o marido foram torturados. Segundo ela, o companheiro foi a primeira vítima. Com um saco na cabeça e amarrado até perder o ar, teria levado socos, tapas e chutes. “Quem mais sofreu foi ele. Foi uma cena de terror.” Com o marido ferido e já sem forças, foi a vez dela. “Se eu fecho os olhos, vejo o policial na minha frente e escuto o barulho do saco na minha cabeça”. Ainda segundo a comerciante, foi obrigada a levantar a blusa e mostrar os seios, para provar que não escondia droga.
Acusações graves
Conforme as vítimas, que afirmam não lidar com o tráfico, os brigadianos insistiam para dizer onde tinha droga. A acusação vai além. “Toda vez que a gente pensa que vai conseguir reerguer o bar, eles chegam lá e tiram nosso dinheiro, nossas bebidas. Mas agora passaram dos limites. Eles vão lá e acham que tem droga. Entram e revistam, quebram tudo e não acham nada, porque é um bar mesmo. Nunca acharam droga porque não tem.”
Em nota, a Brigada salientou que as condutas são "incompatíveis com a atividade policial militar". Os soldados, cada um com cerca de cinco anos na corporação, foram levados para presídio militar na capital. Estão enquadrados nos crimes de tortura e abuso de autoridade. A Corregedoria já teria ouvido as vítimas e estaria tomando depoimento de colegas dos acusados para detalhar a abordagem, que ocorreu por volta das 21 horas de domingo.
A comerciante afirmou à reportagem que ela e o marido foram torturados. Segundo ela, o companheiro foi a primeira vítima. Com um saco na cabeça e amarrado até perder o ar, teria levado socos, tapas e chutes. “Quem mais sofreu foi ele. Foi uma cena de terror.” Com o marido ferido e já sem forças, foi a vez dela. “Se eu fecho os olhos, vejo o policial na minha frente e escuto o barulho do saco na minha cabeça”. Ainda segundo a comerciante, foi obrigada a levantar a blusa e mostrar os seios, para provar que não escondia droga.
Acusações graves
Conforme as vítimas, que afirmam não lidar com o tráfico, os brigadianos insistiam para dizer onde tinha droga. A acusação vai além. “Toda vez que a gente pensa que vai conseguir reerguer o bar, eles chegam lá e tiram nosso dinheiro, nossas bebidas. Mas agora passaram dos limites. Eles vão lá e acham que tem droga. Entram e revistam, quebram tudo e não acham nada, porque é um bar mesmo. Nunca acharam droga porque não tem.”
Em nota, a Brigada salientou que as condutas são "incompatíveis com a atividade policial militar". Os soldados, cada um com cerca de cinco anos na corporação, foram levados para presídio militar na capital. Estão enquadrados nos crimes de tortura e abuso de autoridade. A Corregedoria já teria ouvido as vítimas e estaria tomando depoimento de colegas dos acusados para detalhar a abordagem, que ocorreu por volta das 21 horas de domingo.