As duas bombas cedidas por arrozeiros para auxiliar na sucção da água acumulada há mais de três semanas na Vila Palmeira chegaram na manhã deste sábado (25) em Novo Hamburgo. Os equipamentos, que vieram de Uruguaiana, foram cedidos por meio da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) e transportados por carretas do 10º Batalhão Logístico Marquês de Alegrete.
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Além das bombas, um terceiro caminhão transportou as peças necessárias para colocar as bombas em funcionamento, incluindo os canos que serão conectados nos dispositivos. Uma bomba tem diâmetro para conexão de 700 milímetros, e a outra, 800 milímetros.
Conforme o diretor municipal de Esgotos Pluviais, Ricardo Al Alam, ainda neste sábado as bombas serão levadas até a Casa de Bombas no bairro Santo Afonso. A expectativa é que cada bomba retire mais de 3 mil litros por segundo.
Nesta manhã, quatro geradores de energia, dos cinco que serão levados, já estavam no local, além de uma bomba da Higra, com capacidade de sucção de 2 mil litros por segundo.
Ao lado da Casa de Bombas, foi escavada uma bacia de pelo menos 15 metros por 20 metros, e três metros de profundidade. Neste espaço, as bombas serão acomodadas com os geradores funcionando ao lado.
Conforme a prefeita Fatima Daudt, que estava no pátio do Centro Administrativo Leopoldo Petry acompanhando o descarregamento das peças das bombas dos arrozeiros, a chegada dos equipamentos é fruto de um trabalho de parcerias. “Que não custam para o Município”, pontuou.
No entanto, não há ainda equipamentos em funcionamento na Vila Palmeira. A montagem da bomba emprestada a Novo Hamburgo pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), ainda não teve início.
A Prefeitura depende dos técnicos paulistas que, neste momento, atuam na operação junto ao Aeroporto Salgado Filho. Agora, a expectativa é que a equipe da Sabesp chegue no domingo (26).
As 18 bombas enviadas pela Sabesp ao Rio Grande do Sul têm capacidade de bombear mil litros por segundo.
No Bairro Santo Afonso, é possível perceber que a inundação diminuiu na Vila Palmeira. No entanto, na Rua Eldorado e seus arredores, ainda há casas com água em mais de um metro de altura.
Segundo Al Alam, os flaps da Casa de Bombas, que são 14 canos de um metro de diâmetro, auxiliam na retirada da água acumulada na região. Sobre o conserto dos motores das cinco bombas, retirados nesta semana, ele explica que depois de limpos serão colocados em uma estufa entre 24 e 48 horas para secagem. Após, serão montados e testados. Sobre os painéis de comando, por serem ainda analógicos, a expectativa é que funcionem assim que estiverem secos.
Já no lado de São Leopoldo, a poucos metros da Casa de Bombas, duas bombas flutuantes da Hygra, com capacidade de sucção de 3,3 mil litros por segundo, estão em operação. A segunda foi instalada na noite de sexta (25), e a primeira, no final de quarta-feira (23). Em um dia de funcionamento sem interrupções, uma bomba tem capacidade para levar até o Rio dos Sinos 285,1 milhões de litros.
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