Bispo agradece trabalho voluntário e pede ânimo de comunidades da Diocese de Novo Hamburgo

Envolvidas no acolhimento de desabrigados e no fornecimento de alimentação e roupas para famílias atingidas pela enchente, as comunidades da Diocese de Novo Hamburgo receberam um agradecimento especial do bispo Dom João Francisco Salm nesta terça-feira (21) - e também um pedido:

"Quero agradecer o trabalho feito nas comunidades e que ninguém desanime. Vamos continuar fazendo tudo o que for preciso porque há muitos irmãos e irmãs nossos que continuam com necessidades. Famílias vão encontrar a casa destruída ou necessitar de reposição daquilo que precisam ter."

O bispo destacou a importância de valorizar o trabalho feito por tantas pessoas que, no anonimato, merecem agradecimento. "Há uma equipe de cozinha integrada por pessoas que não eram católicas e que vinham ali porque eram amigos, eram conhecidos. A Diocese está envolvida e agradece aos voluntários e às doações", completou.

Participação

O resultado parcial do levantamento realizado nas 49 paróquias que compõem a Diocese de Novo Hamburgo, os abrigos foram instalados em 19 paróquias e três capelas, abrigando 2.930 pessoas.
Além disso, 28 das paróquias servem de ponto de coleta e distribuição de doações e dois Centro de Distribuição foram instalados na região. Um deles é o CD São José (antigo Noia alimentos), na
Avenida Amandio Francisco Johann, 74, no bairro Rincão, e outro na Cáritas Diocesana, na Rua Cidade de Atlântida, 11, Centro, ao lado da Catedral São Luiz.

O levantamento ainda informa que 11 paróquias foram alagadas. Seis delas são de São Leopoldo (Conceição, Santa Catarina, São Jorge, Medianeira, Aparecida e Santo Inácio), a Sagrado Coração de Jesus, em Novo Hamburgo, a Imaculada Conceição, em Igrejinha, a Sagrada Família, de Três Coroas, Nossa Senhora da Conceição em Rolante e Capela da Cristo Rei, em Campo Bom.

Campanha pede doação de móveis

Além de abrigar desalojados e distribuir alimentos, roupas e colchões, a Diocese de Novo Hamburgo permanece com a campanha para garantir a compra de móveis e utensílios para as famílias atingidas.

"Temos que ajudar as famílias que voltam para casa. Recebemos ajuda também em dinheiro. A Cáritas tem uma conta e estamos agora contabilizando o que temos e o que está entrando. Já há uma grande encomenda de 400 fogões, a Tramontina fez um desconto de 50%, 400 mesas de seis lugares, mais 1.600 cadeiras, 400 kits de cozinhas. Agora, também estamos procurando camas", explicou Dom João. A previsão é de que os móveis levem de 30 a 60 dias para chegar.

O bispo diz que está tudo registrado para prestar contas. "Estamos chegando no limite do nosso dinheiro", frisa. A assistência social da Diocese realizará visitas às famílias afetadas para distribuição de móveis. "Talvez haja ainda mais necessitados. Faremos reunião com a Cáritas para verificar os critérios de distribuição", acrescenta.