SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

Balanço da saúde de Novo Hamburgo aponta 1,25 milhão de atendimentos gratuitos em 2023; veja os dados

Do montante, 75,5% foram na rede básica e especializada, de atenção psicossocial e consultas realizadas dentro do hospital

Publicado em: 14/02/2024 07:00
Última atualização: 14/02/2024 07:18

Ao longo de 2023, a rede municipal de saúde de Novo Hamburgo prestou 1,25 milhão de atendimentos, sendo 308 mil nas unidades de pronto atendimento (UPA) Canudos e Centro. Os números são semelhantes ao balanço anterior divulgado pela prefeitura, quando 1,27 milhão de atendimentos foram realizados entre abril de 2022 e março de 2023.

Do total de 1,25 milhão, 75,5% foram na rede básica e especializada, de atenção psicossocial e consultas realizadas dentro do hospital, somando 951 mil atendimentos, como exames, consultas, aplicação de vacinas e curativos, entre outros. Nos postos, os profissionais mais procurados são dentistas, pediatras e clínicos gerais.


UBS Santo Afonso é referência para unidades vizinhas Foto: Débora Ertel/GES-Especial

Entre os especialistas, as maiores demandas são na ortopedia e traumatologia, psicólogos, urologistas e cardiologistas. Ainda foram distribuídos 32,8 milhões de remédios por meio da Farmácia Comunitária e das farmácias instaladas nos postos.

A cidade de 227,6 mil habitantes conta 25 unidades de saúde, uma casa de vacinas, duas UPAs, um Centro de Especialidades Médicas, Serviço de Atendimento Especializado (SAE) e o Hospital Municipal. “É uma das melhores estruturas de saúde pública entre os municípios do Estado”, declara o secretário municipal de Saúde, Marcelo Reidel, informando que toda as unidades operam com quadro de equipes completo.

Impacto da pandemia

O ano de 2023 foi o primeiro sem o status de pandemia de coronavírus desde 2020, já que em maio a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o fim da emergência em saúde pública. Questionado se houve impacto desta nova realidade na rede de saúde, Reidel pondera que a pandemia “sempre vai fazer parte da nossa vida”, com a manutenção de serviços criados neste período. O secretário também chama atenção para o contágio de dengue. “É outra situação que veio e ficou, faz parte do nosso cotidiano”, comenta.

Conforme Reidel, o município trabalha para que não haja fila de espera e que há dificuldades de fornecedores e também para contratação de especialistas, realidade que, segundo ele, não é exclusividade de Novo Hamburgo.

Sobre os novos serviços ofertados na rede, Reidel lembra da atenção especializada para o idoso. “É uma linha de cuidado que está sendo aprimorada, com as unidades recebendo capacitação, pois a população está cada mais idosa”, pondera.

Hospital Municipal com importância regional

Somente no hospital, que tem um balanço separado dos serviços prestados, foram realizadas 10 mil internações e 4,9 mil cirurgias, números parecidos aos do período anterior, quando o volume de internações foi o mesmo e de cirurgias ficou na cada de 5 mil.

A casa de saúde é referência em alta complexidade de cardiologia para mais meio milhão de pessoas de 12 cidades do Vale do Sinos; e de partos de alto risco para 21 municípios dos vales do Sinos, Paranhana e Serra.

O Hospital Municipal de Novo Hamburgo ainda é referência na linha de cuidados para Acidente Vascular Cerebral (AVC) de oito cidades e para os pacientes regulados pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de cinco municípios.

Faltas ainda são um problema

Dos 951 mil serviços agendados, 61,6 mil não foram realizados porque o paciente não apareceu, o que representa 6,47% de faltas. De acordo com o secretário, embora o índice de ausências já tenha sido maior, a Secretaria Municipal da Saúde gostaria que o percentual fosse zerado. No balanço anterior, as faltas somavam 8,2%. “É muito ruim isso. Cada acesso que se perde, é alguém que tem necessidade e deixou de ser atendido”, avalia.

Na Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro Santo Afonso, um painel informa os usuários sobre o número de faltas. Em janeiro deste ano, o total foi de 419, sendo 195 nas consultas de ginecologista. Na avaliação da coordenadora do posto, Caroline Tejada, o percentual alto de ausência entre as mulheres é porque elas têm livre acesso ao serviço no local. A UBS Santo Afonso é referência para unidades vizinhas nos atendimentos ginecológicos, exames preventivos e gravidez de alto risco.

“A gente monitora e quando não vem no dia marcado, acabam aparecendo na semana que vem, pela facilidade do atendimento”, comenta.

Paciente assíduo do posto, o motorista aposentado João Maria de Castro, 64 anos, fez sua consulta mais recente na sexta-feira (9) por problemas de labirintite. “Uma duas vezes por mês eu venho aqui. Nunca faltei nada”, diz. Castro conta que já teve necessidade de procurar o atendimento na UPA Centro, mas prefere o serviço da UBS Santo Afonso. “Aqui o doutor me acompanha. Lá é muita gente”, conta.

Atendimentos na saúde pública

902 mil atendimentos na rede básica e especializada
29 mil atendimentos na rede de atenção psicossocial
20 mil consultas no Hospital Municipal
308 mil atendimentos nas UPAs Centro e Canudos
10 mil internações no Hospital Municipal
4,9 mil cirurgias no Hospital Municipal
32,8 milhões medicamentos distribuídos na Farmácia Comunitária e unidades de saúde

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