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PERIGO EM DOBRO

Andar no teto solar do carro é infração gravíssima e aumenta risco de acidente; entenda

Testes realizados na Alemanha por companhia de seguros confirmam os perigos

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Publicado em: 29/03/2023 às 19h:18
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Dirigir veículo em via pública com pessoas ou animais na parte externa, incluindo o vão do teto solar, é considerado infração gravíssima pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Como nesse caso o passageiro estaria sem cinto de segurança, configura-se aí uma segunda infração gravíssima. Isso significa que, na prática, o condutor flagrado nessa situação receberia 14 pontos na carteira de habilitação e ainda pagaria ao menos R$ 586,94 em multa.

Crianças são flagradas com cabeça para fora de carro em movimento, em Novo Hamburgo



Crianças são flagradas com cabeça para fora de carro em movimento, em Novo Hamburgo

Foto: Joceline Silveira/GES-Especial

Nesta quarta-feira (29) a reportagem do Jornal NH registrou um SUV modelo Song Plus DM-i trafegando pela Avenida Vereador Adão Rodrigues de Oliveira, no bairro Ideal, com duas crianças com parte do corpo para fora do vão do teto solar. Além das infrações de trânsito, é flagrante o risco ao qual os passageiros foram expostos.

Um crash-test inédito realizado pela companhia de seguros Allianz, na Alemanha, revelou o que pode acontecer em caso de acidentes envolvendo veículos que estejam circulando com passageiros com parte ou todo o corpo para fora do veículo.

Na simulação, um Audi bate a 40 quilômetros por hora contra uma barreira fixa. A bordo, três dummies, que são aqueles bonecos com sensores para medição de impacto. Um está ao volante, usando o cinto de segurança, outro está sentado na janela do Audi e, um terceiro, com parte do corpo para fora do teto solar.

Com o impacto, o dummie da janela é arremessado por três metros e bate a cabeça no chão. Já o boneco que estava no teto solar bate o peito no topo do para-brisa do carro e esmaga os órgãos internos. “Se fossem humanos nessa situação, teriam grande possibilidade de morte”, afirmou o chefe do centro de testes da Allianz, Christoph Lauterwasser. O boneco que estava ao volante e com cinto saiu ileso.

De acordo com Lauterwasser, uma criança de 30 quilos que estivesse com o corpo parcialmente para fora do carro em um acidente a 40 quilômetros por hora seria arremessada com o peso de quase uma tonelada. “Causando lesões graves ou até fatais.” A Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) reforça os riscos de se andar com parte ou todo o corpo para fora do veículo.

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