NÃO DESCE

Água segue encalhada em ruas do bairro Santo Afonso, em Novo Hamburgo

Parte baixa da Vila Palmeira, às margens do valão da Rua Floresta, segue com água represada há mais de 30 dias

Publicado em: 05/06/2024 15:25
Última atualização: 05/06/2024 15:26

As bombas flutuantes instaladas no Arroio Gauchinho, próximo à Casa de Bombas, ainda não deram jeito de fazer escoar toda a água que represou na Vila Palmeira no mês de maio, quando o bairro Santo Afonso, em Novo Hamburgo, ficou submerso devido à catástrofe climática que assolou o Rio Grande do Sul.


Rua Floresta, no bairro Santo Afonso, segue com água sobre a pista e no pátio de residências Foto: Isaías Rheinheimer/GES-Especial

Nesta quarta-feira (5), ainda havia água represada no final da Rua Floresta. O valão, que tem cerca de 700 metros de extensão, é responsável por absorver a água da chuva e conduzi-la até o Arroio Gauchinho, para depois ser bombeada até o Rio dos Sinos.

Entretanto, com o escoamento lento, a água segue por cima da calha, encobrindo a pista e algumas residências, fato que impede o retorno de famílias aos seus lares.

“Eu moro há 40 anos na Santo Afonso e isso aqui sempre foi assim, com água na rua e no pátio das casas. Nunca fizeram a limpeza desse valo, e em qualquer chuvinha a parte de baixo da Vila Palmeira inunda”, afirma o motorista Alberi Borges, 55 anos. A água também não escoou totalmente na Rua Eldorado, na altura da Rua da Divisa. Neste local, o Arroio Gauchinho segue fora do leito e sobre a via pública.


Motorista Alberi Borges afirma que inundações são corriqueiras na Vila Palmeira por falta de manutenção no valão da Rua Floresta Foto: Isaías Rheinheimer/GES-Especial

Bombas seguem funcionando

As bombas flutuantes, instaladas emergencialmente em substituição a Casa de Bombas, que segue inoperante, continuam puxando água do Arroio Gauchinho para o Rio dos Sinos. Na última segunda-feira (3), a bomba alugada pela prefeitura foi consertada e voltou a bombear, totalizando quatro equipamentos em funcionamento.

Também na segunda, o diretor de Esgoto Pluvial da Secretaria de Obras, Ricardo Lucas Al-Alam, explicou que a água que está represada na região da Vila Palmeira, na Santo Afonso, depende da ação da gravidade para fazê-la chegar até o Arroio Gauchinho. “É uma região com pouco caimento”, expõe.

Além disso, o entupimento da rede pluvial e de valos, como o que margeia a Rua Floresta, atrapalham o recuo da água. “Isso faz a água descer devagar para a região das bombas”, pontua.

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