As bombas flutuantes instaladas no Arroio Gauchinho, próximo à Casa de Bombas, ainda não deram jeito de fazer escoar toda a água que represou na Vila Palmeira no mês de maio, quando o bairro Santo Afonso, em Novo Hamburgo, ficou submerso devido à catástrofe climática que assolou o Rio Grande do Sul.
Nesta quarta-feira (5), ainda havia água represada no final da Rua Floresta. O valão, que tem cerca de 700 metros de extensão, é responsável por absorver a água da chuva e conduzi-la até o Arroio Gauchinho, para depois ser bombeada até o Rio dos Sinos.
Entretanto, com o escoamento lento, a água segue por cima da calha, encobrindo a pista e algumas residências, fato que impede o retorno de famílias aos seus lares.
“Eu moro há 40 anos na Santo Afonso e isso aqui sempre foi assim, com água na rua e no pátio das casas. Nunca fizeram a limpeza desse valo, e em qualquer chuvinha a parte de baixo da Vila Palmeira inunda”, afirma o motorista Alberi Borges, 55 anos. A água também não escoou totalmente na Rua Eldorado, na altura da Rua da Divisa. Neste local, o Arroio Gauchinho segue fora do leito e sobre a via pública.
Bombas seguem funcionando
As bombas flutuantes, instaladas emergencialmente em substituição a Casa de Bombas, que segue inoperante, continuam puxando água do Arroio Gauchinho para o Rio dos Sinos. Na última segunda-feira (3), a bomba alugada pela prefeitura foi consertada e voltou a bombear, totalizando quatro equipamentos em funcionamento.
Também na segunda, o diretor de Esgoto Pluvial da Secretaria de Obras, Ricardo Lucas Al-Alam, explicou que a água que está represada na região da Vila Palmeira, na Santo Afonso, depende da ação da gravidade para fazê-la chegar até o Arroio Gauchinho. “É uma região com pouco caimento”, expõe.
Além disso, o entupimento da rede pluvial e de valos, como o que margeia a Rua Floresta, atrapalham o recuo da água. “Isso faz a água descer devagar para a região das bombas”, pontua.
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