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AUTISMO

Ação de conscientização na Praça do Imigrante marca o Abril Azul

Transtorno do Espectro Autista (TEA) atinge principalmente o sexo masculino, motivo para que a ONU escolhesse a cor azul

Débora Ertel
Publicado em: 15/04/2023 às 16h:03 Última atualização: 04/03/2024 às 08h:57
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Desde 2008, abril se tornou o mês do azul. Longe da rivalidade gre-nal que marca o Rio Grande do Sul, o azul é a cor que representa o Transtorno do Espectro Autista (TEA). A cor foi escolhida porque a maioria dos autistas é do sexo masculino.

Família Colombo participou do evento de conscientização sobre o autismo, realizado na Praça do Imigrante



Família Colombo participou do evento de conscientização sobre o autismo, realizado na Praça do Imigrante

Foto: Débora Ertel/GES-Especial

Para marcar a data e levar mais conscientização à sociedade sobre os sintomas e a importância do diagnóstico, a Associação e Pais e Amigos do Autista de Novo Hamburgo (AMA) foi para a rua. Neste sábado (15), a entidade promoveu uma mobilização na Praça do Imigrante.

Foram prestados esclarecimentos a quem passava pelo Centro, feito um pedágio solidário e ainda uma aula do projeto Habilidade Social com Cães, desenvolvido pela AMA. Vestidos de azul, a família Colombo participou da atividade. Os pais Paulo, 58 anos, e Márcia, 58, descobriam que Thiago, 10, era autista quando o filho tinha 6 anos, durante a alfabetização. “Viemos para dar uma saída com ele e também para ajudar a divulgar, para que haja conscientização”, disseram.
O autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento e, ao contrário de pessoas com outras síndromes, como a síndrome de Down, o autista não possui características físicas que podem ser identificadas pelo olhar. Por isso, o autismo é considerado uma deficiência invisível e é comum autistas com baixa necessidade de suporte ouvirem a expressão: “nem parece autista”, como aponta o Autismo e Realidade, entidade nacional que trata sobre o assunto.

Segundo a presidente da AMA, Vivian Machado, o transtorno ainda tem um diagnóstico tardio e muitas pessoas, já adultas, estão se descobrindo agora como autistas. Como aponta o Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, a cada 36 nascimentos, uma pessoa tem sido diagnosticada com TEA. “Aqui no Brasil não temos esses dados oficiais. Mas se fôssemos fazer o mesmo cálculo daria em torno de 5 milhões de pessoas”, comenta.

A AMA atende 30 famílias no Município e trabalha com capacitações sobre a síndrome. Quem quiser mais informações sobre o autismo ou conhecer o trabalho de formação da entidade, basta entrar em contato pelo (51) 99359-4411.

Saiba mais

O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) reúne desordens do desenvolvimento neurológico presentes desde o nascimento ou começo da infância. Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM-5 (referência mundial de critérios para diagnósticos), pessoas dentro do espectro podem apresentar déficit na comunicação social ou interação social (como nas linguagens verbal ou não verbal e na reciprocidade socioemocional).

Além de padrões restritos e repetitivos de comportamento, como movimentos contínuos, interesses fixos e hipo ou hipersensibilidade a estímulos sensoriais.

Todos os pacientes com autismo partilham estas dificuldades, mas cada um deles será afetado em intensidades diferentes, resultando em situações bem particulares.

Fonte: Autismo e realidade 

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