MOBILIDADE URBANA

Vereadores analisam prorrogação de passe livre em Canoas

Prefeitura solicita que transporte da Sogal siga sem cobrança no município

Publicado em: 31/07/2024 20:07
Última atualização: 31/07/2024 20:08

Depois de anunciar a volta da cobrança das tarifas nos ônibus em Canoas nesta quinta-feira (1°), a Sogal informou que a Prefeitura decidiu permanecer com o passe livre e que mandou, em regime de urgência, para a Câmara de Vereadores, projeto de lei para a permanência das gratuidades pelo período que perdurar o Decreto de Calamidade pública no município.

Pedido é para gratuidade seguir até 2 de novembro Foto: Juliano Piasentin/GES-Especial

O presidente do Legislativo canoense, Cris Moraes (PV), confirmou que a Casa recebeu uma convocação extraordinária e que o Projeto de Lei (PL) sobre a continuação do passe livre será apreciado hoje. "Como é uma matéria com urgência e relevância justificadas, faremos a apreciação", disse o vereador.

Por meio nota, a Prefeitura de Canoas explicou que "o projeto de lei que trata da concessão de subsídio tarifário no transporte coletivo foi enviado à Câmara de Vereadores. De acordo com a proposta, a gratuidade da passagem segue até o dia 2 de novembro — período de vigência do decreto da situação de calamidade pública em decorrência da enchente."

Ainda conforme o comunicado, a Prefeitura, diante da continuidade das dificuldades no transporte coletivo metropolitano, decidiu estender a medida até o início de novembro. "A decisão de prolongar o período de gratuidade para os usuários busca minimizar os impactos no custo da vida da população atingida pela enchente e auxiliar os canoenses diante das dificuldades e limitações no serviço de trens urbanos e no transporte coletivo metropolitano. A mobilidade urbana foi severamente afetada pela restrição das atividades da Trensurb."

Usuários querem que serviço funcione

Quem precisa usar o transporte público em Canoas precisa de paciência. Para os que necessitam ir para Porto Alegre são filas e ônibus lotados diariamente, já que o Trensurb não funciona entre as estações Canoas/La Salle e Mercado. Essa situação ocorre tanto no terminal do Mathias Velho, quanto no Centro da capital.

A longa espera também é enfrentada para o deslocamento entre os bairros. A empregada doméstica Jaqueline Rodrigues, 36 anos, desde que retornou pra sua casa no bairro Mathias Velho, após o alagamento, tem dificuldades com o transporte coletivo. Ela precisa pegar carona ou muitas vezes não consegue ir trabalhar no bairro Nossa Senhora das Graças. "Fico horas esperando e é perigoso. O que adianta a passagem ser de graça, se o serviço não funciona", comenta.

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