POLÍTICA

"Vamos em cima doa a quem doer", diz coronel que assumiu a ouvidoria da Prefeitura

Rodolfo Pacheco passa a ser o homem de frente da Prefeitura de Canoas como uma espécie de fiscal da administração

Publicado em: 11/04/2024 13:07
Última atualização: 11/04/2024 13:37

Uma cerimônia simples, organizada na sede da Prefeitura de Canoas, na manhã desta quinta-feira (11), empossou o coronel Rodolfo Pacheco como o ouvidor-geral da administração do Município.

O prefeito Jairo Jorge e o coronel Rodolfo Pacheco voltam a unir forças em Canoas Foto: LEANDRO DOMINGOS/GES-ESPECIAL

O veterano de 64 anos, hoje na reserva da Brigada Militar (BM), que já teve até livro publicado cobrindo a época em que era negociador de reféns para a corporação, passa a comandar a central de reclamações da cidade.

Durante o breve discurso posterior a assinatura da posse, Pacheco foi incisivo ao dizer que o desafio é grande, já que será um ano de turbulência, porém desempenhará a função sem observar “amigos”.

O objetivo é que o novo ouvidor-geral esteja atento às necessidades da população ao mesmo tempo que fique ligado em casos de má gestão e até denúncias de corrupção que possam surgir.

“Era secretário da Defesa Civil no governo Jairo Jorge e lembro que na época era muito cobrado”, observa. “Estou assumindo o desafio e aviso que vamos para cima doa a quem doer”.

O prefeito Jairo Jorge aproveitou o momento para lembrar que Pacheco esteve ao lado dele em um dos momentos mais críticos da história de Canoas. Foi quando um temporal de granizo destruiu 38 mil residências.

“Precisávamos de alguém com competência e capacidade de comando no cargo”, frisa. “Pacheco esteve ao meu lado durante minha segunda gestão e enfrentamos momentos muito difíceis. Ele sempre esteve na dianteira do enfrentamento dos problemas”.

Protagonismo

Especializado em Segurança Pública, o coronel Rodolfo Pacheco já atuou como secretário adjunto de segurança do Estado e como chefe da Defesa Civil de Canoas, com o cargo de secretário especial.

Pacheco tornou-se conhecido na Brigada Militar como negociador de reféns, tendo atuado em alguns dos casos mais rumorosos da crônica policial gaúcha dos últimos 20 anos.

O militar teve sua história contada em um livro chamado justamente “O Negociador de Reféns”. A obra escrita pelo jornalista Jeison Karnal abordava com minúcia o motim no Presídio Central, que parou Porto Alegre em 1994, entre outros casos.

“Estou pensando em publicar uma nova edição da história, mas é algo que estou conversando ainda”, diz. “Há muitas histórias a serem contadas e acredito que as lições poderiam ser valiosas também para as novas gerações ligadas na internet”.

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