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BAIRRO RIO BRANCO

Usuários da Boa Saúde e Pedro Luiz da Silveira apontam má conservação das unidades de saúde

Problemas estruturais e falta de manutenção dos imóveis deixa população apreensiva

Taís Forgearini
Publicado em: 23/04/2024 às 10h:10 Última atualização: 23/04/2024 às 10h:11
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Paredes com infiltração, mofo, pintura descascando, piso danificado, falta de calçamento integral externo são alguns dos apontamentos feitos por usuários da Unidade de Saúde Boa Saúde, localizada no bairro Rio Branco. A má conservação do local é motivo de revolta e preocupação da população que necessita utilizar o serviço.

Camila Soares utiliza os serviços da Boa Saúde há 15 anos e questiona condições do local



Camila Soares utiliza os serviços da Boa Saúde há 15 anos e questiona condições do local

Foto: Paulo Pires/GES

O imóvel, localizado na Rua Boa Saúde, 1640, é alugado pela Prefeitura de Canoas. O estado de precariedade da estrutura de saúde é relatado pela usuária Camila Soares, de 32 anos, como uma situação antiga. “A unidade está assim há mais de ano. Não foi feita nenhuma reforma. Infelizmente, a situação estrutural é essa. Sou moradora da região. Sou usuária da Boa Saúde há 15 anos. Minha família e eu fazemos nossas vacinas e atendimentos todos na unidade. É triste ver um cenário desses”, lamenta.

Em contrapartida, a Camila ressalta o bom atendimento dos funcionários do local. “Quanto ao serviço prestado, não tenho o que reclamar, os profissionais são atenciosos e o tratamento é bom. O que falta é uma estrutura melhor para eles trabalharem e nós [usuários] sermos atendidos como deveríamos”, enfatiza a canoense.

Na manhã da segunda-feira (22), Camila foi até a unidade Boa Saúde para atualizar a caderneta de vacinação. “É importante manter a imunização atualizada”, diz. “Meu sentimento como usuária da unidade é esperança por melhorias, por uma solução efetiva por parte do poder público municipal.”

Nas redes sociais, a indignação com a situação é generalizada. Há relatos de pais que não estão levando os filhos para vacinar por conta do estado de deterioração do prédio. As observações mais comuns são sobre a falta de solução para os problemas apresentados na unidade.

Falta de manutenção

A Unidade de Saúde Pedro Luiz da Silveira, localizada na Rua Mauá, 1724, também enfrenta situação semelhante e os usuários reclamam do serviço, como: bebedouro estragado, banheiro do consultório interditado por entupimento, piso quebrado na sala de atendimento, goteiras no setor de odontologia, falta de materiais, ausência de ar-condicionado no consultório de atendimento de ginecologista e na sala de atendimento, rampa de acesso aos cadeirantes com irregularidades que dificultam a rolagem das rodas e ausência de piso tátil.

Elisabete Ramos aguarda soluções para a unidade



Elisabete Ramos aguarda soluções para a unidade

Foto: Paulo Pires/GES

Elisabete Ramos Lima, 56 anos, cadeirante e usuária da unidade, fala sobre a dificuldade enfrentada com o serviço. “É uma questão de estrutura. Os médicos e funcionários fazem o que podem. Já denunciei essa situação para as autoridades da cidade. Todos sabem, até os vereadores, mas até agora, nada mudou, nada foi resolvido. Até para usar o banheiro tenho dificuldade. Eles não estão nas normas. Os contratempos começam já na entrada do prédio, não há acessibilidade de verdade. As rampas precisam facilitar o acesso”, desabafa.

A moradora do Rio Branco destaca a necessidade de medidas urgentes para a estrutura. “A população precisa de respostas”, conclui.

O que diz a Secretaria Municipal de Saúde

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a situação da unidade Boa Saúde será resolvida em até 30 dias. Em nota, a SMS afirma que o imóvel alugado desde 2009 será desocupado. “A Prefeitura notificou o proprietário para realizar as melhorias necessárias. Como o trabalho não foi feito, a Prefeitura está procurando um novo prédio na região que possa, em até um mês, abrigar o serviço, oferecendo uma melhor estrutura e atendimento para os funcionários e a população”, diz.

Em relação à unidade Pedro Luiz da Silveira, a secretaria reconhece os problemas citados pelos usuários. Em nota, a pasta alega que o orçamento de R$ 110 mil previsto para reformar a unidade foi vetado pela gestão anterior em exercício. “Nesta terça-feira (23), as equipes da Secretaria de Saúde vão até o local verificar quais manutenções poderão ser feitas.”

De acordo com a SMS, quatro unidades de saúde estão em reforma, são elas: Santo Operário, São José, Olaria e Prata. A unidade de saúde Nanci – MQ2 está em processo de finalização. A UPA Niterói também está em reforma.

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