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Reforço

UPA Rio Branco passa a funcionar e atender população que sumiu do mapa da saúde de Canoas

Reabertura ocorreu na manhã desta terça-feira (1º); estimativa é retomar os 8 mil atendimentos mensais que ocorriam antes das enchentes

Publicado em: 01/10/2024 às 16h:27 Última atualização: 01/10/2024 às 16h:27
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Cinco meses após o fechamento causado pelas enchentes que atingiram Canoas, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Rio Branco retomou o atendimento, na manhã desta terça-feira (1º), no antigo endereço na Rua Cairu 600.

Houve movimentação desde o início da manhã desta terça-feira (1º) na UPA Rio Branco



Houve movimentação desde o início da manhã desta terça-feira (1º) na UPA Rio Branco

Foto: Leandro Domingos/GES-Especial

A iniciativa ocorre menos de 24 horas após a reabertura do Hospital de Pronto Socorro de Canoas (HPSC) e responde por um importante reforço para a população que necessita de atendimento no lado oeste da cidade.

Com funcionamento 24 horas, a estrutura contará com cinco consultórios médicos, três clínicos e dois pediátricos, um leito de sala vermelha, quatro leitos de sala amarela, dois leitos pediátricos e nove poltronas de observação.

Na manhã desta segunda-feira, enquanto os profissionais retomavam os postos, equipes garantiam os últimos ajustes de limpeza e melhorias estruturais necessárias ao bom atendimento.

A UPA Rio Branco é referência há anos para a saúde de Canoas. Antes das cheias, a média era de 8 mil atendimentos mensais. Deste montante, 4 mil eram moradores do bairro Rio Branco.

Na avaliação da secretária-adjunta da Saúde, no entanto, este número de 4 mil que buscavam auxílio da unidade mensalmente, caiu para 500 após as cheias. A população, ela afirma, precisa ser novamente atendida.

“Entendemos que esta população não sumiu e precisa voltar a ser atendida”, defende Alyne Nunes. “A estimativa é de recuperarmos os atendimentos desta parcela que, em grande parte, deixou de usar outros dispositivos de saúde do Município”.

Preocupação
A preocupação é com doenças crônicas que antes eram acompanhadas por meio de atendimentos regulares, mas que deixaram de ser observadas pelo Município após a tragédia de maio.

“O nosso controle na Secretaria de Saúde aponta que a maioria dos moradores do Rio Branco não procurou a UPA Niterói ou buscou atendimento em outras unidades, ou dispositivos, o que nos preocupa a longo prazo”, frisa.

Surpresa

A reabertura da batizada UPA Hugo Simões Lagranha ocorreu às oito da manhã, conforme previsto. A desinformação, no entanto, acabou impactando na falta de atendimento. De imediato, não havia paciente a ser acolhido.

Se por um lado os pacientes não surgiram de imediato, por outro a quantidade de curiosos em torno da movimentação no endereço foi grande desde o início da manhã, inclusive pessoas parando de carro para perguntar se reabriria mesmo.

Moradora do Rio Branco, Analice Maya, 48 anos, era uma das curiosas com a quantidade de pessoas e veículos em torno da unidade fechada. Surpresa ao saber da reabertura, afirmou que a vizinhança não sabia.

“Conheço um bom número de pessoas que vão ficar muito felizes, porque a UPA resolvia o problema de muita gente”, disse a cabeleireira. “Estava fazendo falta e quem mora no Rio Branco sabe disso”.

Marcante

Foi no dia 4 de maio que a UPA Rio Branco acabou fechada, no momento em que as águas avançaram nos bairros Rio Branco e Fátima após o rompimento dos diques.

Um mês depois, quando houve o recuo das águas, militares se reuniram no local e se teve a dimensão dos prejuízos. Não sobrou nada das máquinas e equipamentos.

José Luiz Santana, 69 anos, recorda o serviço dos militares retirando equipamentos caros que estragaram por conta do excesso d’água.

“Foi uma judiaria”, lamenta o aposentado. “A gente sabe que no HPS foi pior, mas para quem estava acostumado a ver a UPA lotada, marcou muito ver tudo destruído”.

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