Como está a qualidade da água das escolas municipais de Canoas após os alagamentos provocados pela recente tragédia climática? Essa pergunta está sendo respondida por meio de uma análise que está sendo feita por professores nos laboratórios da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra). O objetivo é assegurar a integridade e a salubridade dos reservatórios por meio de investigações físico-químicas das amostras de água coletadas nos estabelecimentos de ensino.
A ação faz parte do Programa Reconstruir-RS, do governo do Estado, que mobiliza profissionais voluntários para prestar apoio técnico após as enchentes de maio. O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Sul (Crea-RS) é parceiro do projeto estadual e fez o convite à Ulbra. Os laboratórios da universidade estão sendo usados para verificar os níveis de cálcio e magnésio, possíveis contaminações, cromo tóxico, acidez ou alcalinidade e clareza da água, entre outras análises.
Foram vistoriadas 41 escolas nos bairros atingidos pelas cheias em Canoas. “A colaboração da Ulbra no Programa Reconstruir reforça o nosso contínuo comprometimento com a comunidade. Contribuiremos para a produção de materiais técnicos que servirão como modelos futuros”, enfatiza a coordenadora dos Laboratórios da Ulbra Roberta Rocho.
Orientação para limpeza
O projeto também visa promover conhecimento disponibilizando procedimentos operacionais de limpeza, higienização e sanitização seguros, bem como orientação técnica para execução das limpezas dos reservatórios, explica Renata Farias Oliveira, docente dos cursos de Engenharia e Biomedicina da Ulbra. Segundo a professora, a água foi coletada de torneiras das escolas. “Eu vou fazer o parecer técnico com recomendações. Por exemplo, a caixa d’água deve ser limpa e reavaliada. De acordo com o que for encontrado, faremos análise da parâmetros”, enfatiza.
A Secretaria Municipal de Educação de Canoas (SME) aguarda os laudos técnicos para tomar as medidas cabíveis.
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