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LONGA RECUPERAÇÃO

Três meses depois, Canoas ainda guarda marcas da enchente histórica de maio

Com mais da metade da cidade impactada pela enchente, panorama dos impactos no município denuncia tamanho da tragédia

Taís Forgearini
Publicado em: 03/08/2024 às 17h:14 Última atualização: 03/08/2024 às 17h:54
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Após três meses, o impacto nas áreas de saúde, educação, serviços urbanos e habitação reflete o tamanho da tragédia vivida em Canoas. Com o lado oeste inteiro atingido, Canoas, somou 400 mil toneladas de resíduos recolhidos durante a primeira etapa de limpeza, finalizada em 23 de julho.

Limpeza nas vias ainda ocorre três meses depois da enchente, em Canoas



Limpeza nas vias ainda ocorre três meses depois da enchente, em Canoas

Foto: Paulo Pires/GES

A quantidade de materiais ainda aglomerados em pontos de transbordo denunciam a dor de quem perdeu tudo. Considerado um dos pontos mais impactantes da cidade, o estacionamento do Parque Eduardo Gomes, que acumula milhares de toneladas de entulhos, tem previsão de limpeza até o dia 15, enquanto os demais transbordos ficarão para o final de setembro.

Ainda haverá varrição de vias e calçadas, pintura de meios-fios e revisão das redes pluviais.

HPSC precisa de R$ 69,6 milhões

Responsável pelo atendimento de 102 cidades da região, o Hospital de Pronto Socorro de Canoas (HPSC) precisa de R$ 69,6 milhões para sua total recuperação e ainda não tem previsão de retorno. Após a limpeza, o prédio, que ficou por semanas submerso pelas águas, passa por vistoria de equipamentos e reparação da rede elétrica. As obras de reforma na área ocupada pelo Samu têm previsão de conclusão na próxima semana.

Seis das 19 Unidades de Saúde (US) atingidas pela enchente retornaram os atendimentos, enquanto as demais passam por trabalhos de limpeza e reparos. Três UPAs (Idoso, Caçapava e Rio Branco) estão em processo de reforma.

Quase 500 pessoas estão nos CHAS

No ápice da enchente, Canoas contabilizou mais de 23 mil pessoas acolhidas em 97 abrigos institucionais. Atualmente, 11 pessoas da mesma família seguem abrigadas na Escola Erna Würth, no bairro Guajuviras.

Segundo a administração municipal, elas aguardam a transferência em razão de questões de saúde e da necessidade de adaptação devido à quantidade de pets.

Atualmente, Canoas possui dois Centro Humanitário de Acolhimento (CHA), o Recomeço e o Esperança, que juntos abrigam 484 pessoas. Ao longo da tragédia, foram recolhidos nove mil animais sem tutores. Atualmente, cerca 1,1 mil seguem em abrigos e no Bem-Estar Animal.

Na rede municipal de ensino, 17 Emefs e 19 Emeis estão em fase final de limpeza e recuperação. Conforme a Secretaria Municipal de Educação, todos os alunos do ensino fundamental devem retornar às aulas presenciais até segunda-feira. E na educação infantil, o prazo é até o dia 15. 

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