Nesta sexta-feira (24), o diretor-presidente da Trensurb, Fernando Marroni, realizou vistoria na subestação de energia São Luís, atingida por um princípio de incêndio quinta (23).
A equipe técnica da Trensurb deu início a uma avaliação das causas do incêndio, acompanhada pela empresa Tecnova, contratada para realizar diagnóstico técnico.
O incêndio atrasa, em pelo menos 24 horas, a retomada da operação dos trens entre a estação Mathias Velho e Novo Hamburgo, já que novos testes precisarão ser feitos nas subestações.
O retificador atingido é uma das três estruturas na subestação que convertem a corrente alternada em contínua, permitindo a alimentação elétrica da rede de trens. Embora os trens possam funcionar com apenas dois retificadores operantes, é obrigatório haver um terceiro como reserva.
“Essa subestação é muito importante para a retomada de operação em um corredor ferroviário humanitário entre a estação Mathias e Novo Hamburgo”, explica o diretor de operações da Trensurb, Ernani Fagundes. A previsão é de que, até sábado (25), a causa do incêndio e o tempo necessário para recuperação da estrutura sejam conhecidos.
Duas das cinco subestações de energia da Trensurb — Fátima e Farrapos — foram impactadas pela enchente e ainda não foram avaliadas. As três subestações elétricas restantes são capazes de sustentar os trens no trajeto de Canoas a Novo Hamburgo.
“Vamos fazer essa avaliação com emergência para cumprir o mais rápido possível com nossa missão de operação”, garante Marroni. “Mas nosso cronograma já foi impactado, porque agora será preciso reiniciar os testes nas subestações”, comenta.
Princípio de incêndio atrasa retomada
Em vídeo divulgado na tarde desta sexta, Marroni dá atualizações sobre a situação da subestação. Segundo ele, o equipamento será substituído, mas também serão necessários reparos na rede de alta tensão que foi atingido por conta do incidente, o que altera o cronograma de retomada parcial das operações.
“Nosso cronograma de voltar a operar na segunda-feira (27) fica adiado, comprometido, porque faz 24 horas que nós paramos os testes nos trens”, explica. “Mas estamos com emergência, mutirão das empresas que prestam serviço para a Trensurb, para tão logo seja possível a gente levantar esse sistema de energia e poder cumprir a nossa obrigação que é transportar pessoas, principalmente neste momento de calamidade que estamos vivendo.”
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