O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) se manifestou, na tarde desta quarta-feira (14), sobre as prisões e a posterior soltura do casal de influenciadores Gladison Pieri e Pamela Pavão.
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Segundo o MPRS, o Judiciário revogou a prisão preventiva do casal e restabeleceu as medidas cautelares que já haviam sido pedidas pelo MP. Ambos são investigados por um esquema envolvendo rifas virtuais.
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Conforme pedido do promotor Tiago Moreira, eles passaram a ser monitorados por tornozeleira eletrônica. Entre as medidas restritivas impostas ao casal, está o recolhimento dos passaportes, a proibição de saída do País e a determinação de que devem ficar em casa no período noturno. Além disso, Pamela e Pieri não podem entrar em contato com demais investigados e tiveram as redes sociais bloqueadas, entre outras medidas.
Segundo o MPRS, os dois foram submetidos às restrições já no dia 6 de agosto, quando houve o cumprimento dos mandados de busca e apreensão de diversos carros de luxo nas lojas do casal. Porém, não houve colaboração dos suspeitos.
O promotor ainda destaca que o Ministério Público também solicitou, e a Justiça deferiu, a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telemático do casal de influenciadores, o que deve ocorrer nos próximos dias.
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Por fim, o MPRS informa que não recorrerá da decisão da revogação das preventivas, pois está em consonância com o parecer do dia 10, que reestabeleceu as medidas cautelares. A manifestação do Ministério Público ocorre um dia após a soltura do casal, que ocorreu na noite desta terça-feira (13), a pedido da Justiça.
Operação Dubai
Pieri e Pamela foram alvos da Operação Dubai da Polícia Civil no dia 6 de agosto, quando ele foi preso por porte ilegal de arma de fogo, e ela, detida. Pieri acabou liberados no mesmo dia, após pagamento de fiança de aproximadamente R$ 100 mil.
O casal acabou preso preventivamente dois dias depois, mediante suspeita de criar uma nova rifa virtual envolvendo um carro de luxo que havia sido apreendido durante a ação policial. O veículo estava estacionado no pátio da Polícia Civil.
Além disso, segundo a Polícia, eles não cooperaram com a investigação e publicaram até piadas nas redes sociais, com postagens como “bateu na trave” diante da soltura.
Silêncio
A investigação conduzida pela 3ª Delegacia de Polícia (DP) de Canoas começou em julho de 2023 após denúncias encaminhadas pelo Ministério Público. Nos últimos sete meses, a Polícia identificou a movimentação de R$ 10 milhões em contas pessoais de Pieri e Pamela.
A reportagem entrou em contato com o diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (DPRM), o delegado Cristiano Reschke, que falou sobre a prisão do casal na última sexta-feira (9). No entanto, nesta semana, ele preferiu não se manifestar sobre a decisão.
Sem retorno
A reportagem também entrou em contato com o advogado André Callegari, responsável pela defesa do casal, porém, até o fechamento desta matéria, não houve manifestação por parte do defensor. O espaço está aberto para posicionamento.
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