Cultura
Teve ginga, rabo de arraia e corpos desafiando a gravidade em Canoas neste sábado
Programação da Semana da Arte e da Cultura Negra prossegue até a próxima quarta-feira (20) com mais capoeira e cultura afro
Última atualização: 16/11/2024 13:21
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O dia 20 marca a morte de Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares, além de celebrar o Dia da Consciência Negra, um momento de reflexão sobre a história e as conquistas do povo negro.
No meio da manhã deste sábado (16), de uma hora para outra, os sons dos de berimbaus, pandeiros e atabaques passaram a ser ouvidos na entrada da Estação Canoas. O que parecia uma simples reunião se transformou rapidamente em uma roda de capoeira.
A iniciativa do grupo Capoeira Angola Palmares do Sul, do mestre Dindo, chamou a atenção de quem circulava pelo Calçadão devido a 1) a quantidade de capoeiristas envolvidos; 2) a habilidade mostrada pela turma reunida.
Mais que ginga, teve aú e rabo de arraia; tesoura e rasteira; queixada e meia-lua; armada e mortal, para alegria do público presente que aplaudiu de pé a alegre apresentação no coração da cidade.
A costureira Elizete Martins, 44 anos, desceu do trem para comprar lã, mas acabou parando para apreciar a apresentação. Para ela, a capoeira é uma expressão de arte que não é valorizada como deveria.
“A Capoeira é linda e deveria ter mais espaço nas escolas”, opina. “A gente tem a tendência de não valorizar o que é do Brasil, o que é uma pena. Porque tenho muito orgulho em dizer que os meus antepassados criaram”.
Para a coordenadora do Colegiado Setorial Afro-Indígena de Canoas, Carla Marques, a importância desta semana está justamente em fomentar a cultura e a arte.
“Este evento é uma ação que busca promover políticas culturais voltadas para o fortalecimento e recuperação do setor afro cultural no município”, afirma.