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Temporal: dez dias de transtornos e prejuízos

Em Canoas, escritório de Resiliência Climática e Defesa Civil registram 251 ocorrências e resgate de famílias

Publicado em: 25/01/2024 às 10h:04 Última atualização: 25/01/2024 às 10h:05
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O temporal que atingiu o Estado na terça-feira (16) trouxe, pela segunda vez em poucos dias, alagamento na casa da moradora do bairro Niterói Adriana Testa, assim como na de muitos canoenses que tiveram prejuízos com móveis e transtornos causados pela falta de energia elétrica e de água.

 17/01/2024  CANOAS - TEMPESTADE



17/01/2024 CANOAS – TEMPESTADE

Foto: PAULO PIRES/GES

“Foi de novo a mesma coisa do primeiro alagamento. O roupeiro novo da filha de um ano e quatro meses foi novamente atingido pela água e ficará com a madeira ainda mais inchada. Nos armários da minha cozinha já nem consegui colocar as portas”, descreve. Ela fala de outro sufoco: ela, a filha e o marido tiveram que driblar a falta de luz e de água. Ela narra que foi um sufoco dar banho de balde n abebê (com água comprada no supermercado), para aliviar o calor. Sem ter como refrescar o quarto, a janela teve que ser mantida aberta à noite e, mesmo com o uso de repelente e mosquiteiro, a menina teve várias picadas de mosquito.

Outra situação foi a dificuldade de limpar a casa. “Limpamos o chão com água mineral, porque era o que tinha, e álcool. Mesmo assim nós três tivemos diarreia.” Situações A dificuldade que a família Testa passou não foi exclusividade e o balanço dos atendimentos informado pelo secretário adjunto do Escritório de Resiliência Climática e Defesa Civil, Igor Sousa, comprova isso.

Segundo ele, no último temporal as equipes receberam 267 ligações e 332 chamadas pelo WhatsApp. Foram 251 ocorrências. “Consideramos ocorrência as situações de resgate, quando há deslocamento para situações de árvores que caem causando riscos e de fios energizados, por exemplo, que passamos a informação para a concessionária de energia elétrica.”

Ainda segundo Sousa, foram 35 mil 640 metros quadrados de lona entregues às subprefeituras, mais de um milhão de litros de água distribuídos. No momento o foco é a distribuição de telhas. Moradores podem se inscrever e as equipes fazem vistoria antes da entrega. Os bairros mais atingidos foram Rio Branco, Niterói, Fátima, Centro e Guajuviras. “Resgatamos 16pessoasdeduas famílias.”

Limpeza das bocas de lobo

“O escoamento da água é um problema em Canoas”, afirma a moradora Adriana Testa, da rua Protásio Alves. Ela reclama que não viu limparem as bocas de lobo da sua região. A administração pública respondeu que as equipes das subprefeituras estão atuando em todos os quadrantes, com limpeza de bocas de lobo, consertos de erosões, reparo nas redes de drenagem e recolhimento de lixo que impede o escoamento da água nas ruas.

Mais de 180 mil pontos sem energia

O último temporal causou falta de energia elétrica em mais de 180 mil pontos da cidade e o secretário adjunto do Escritório de Resiliência Climática e Defesa Civil, Igor Souza, comenta a dificuldade enfrentada com a empresa RGE para solucionar o problema. “A dificuldade na comunicação e equipes reduzidas nas ruas só foram solucionadas depois de uma reunião solicitada pelo prefeito em exercício, Nedy de Vargas Marques”. Hoje, 153 pontos estão sem luz, mas o número está dentro da normalidade. 

 

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