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Cultura

Tarde para as crianças de Canoas "turistarem" pela 70ª Feira do Livro de Porto Alegre

Projeto "Turistando pela Feira" levou alunos das escolas Santos Dumont e Assis Brasil até a capital nesta segunda-feira (11)

Publicado em: 11/11/2024 às 16h:08 Última atualização: 11/11/2024 às 16h:23
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Pelo segundo ano consecutivo, nossa Professora Maluquinha, Chris Oliveira, desenvolve um projeto de incentivo à leitura que leva crianças de Canoas para o centro da leitura na capital dos gaúchos.

Nossa Professora Maluquinha, Chris Oliveira conduziu as crianças, na Feira do Livro da capital, nesta segunda-feira (11)



Nossa Professora Maluquinha, Chris Oliveira conduziu as crianças, na Feira do Livro da capital, nesta segunda-feira (11)

Foto: PAULO PIRES/GES

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O “Turistando na Feira” garantiu a presença dos pequenos estudantes das escolas Santos Dumont e Assis Brasil, na tarde desta segunda-feira (11), na 70ª Feira do Livro de Canoas.

Foi uma tarde mágica para muitos dos estudantes que até então não conheciam a dimensão da Feira em Porto Alegre. A pequena Lavínia Carvalho Ribeiro, 6 anos, estudante do 2º ano da Escola de Ensino Fundamental Santos Dumont, nunca tinha visto tantos livros juntos.

“Adorei tudo”, elogiou. “O passeio de ônibus, a Feira, os livros e estar com as minhas amigas”, disse.

Literatura Infantil

Segundo Chris, este contato mais direto das crianças com os livros está no cerne dos projetos que executa de fomento à leitura. Isso porque, sem o tato, os pequenos acabam se apegando ao diminuto, restrito e até prejudicial espaço da tela do celular.

“A gente costuma criar projetos que incentivem a leitura desde cedo, porque isso forma novos leitores por meio da diversão, da brincadeira e da fantasia”, explica. “O Ziraldo trabalhava dessa forma de maneira brilhante”, lembra.

Logo na descida do ônibus na capital, as crianças se deslumbraram com o colorido setor “infantil” criado pelos organizadores, já que tudo no espaço parecia ter vida e alguns livros “falavam” com eles.

“Eu queria ter dinheiro para comprar todos”, afirmou a pequena Agatha Cavalcanti, 7 anos, também estudante do 2º ano do Santos Dumont. “Porque tem muito livro bonito que eu queria ler sem parar”.

Incentivo dentro e fora da sala

A vontade de levar as crianças de Canoas para a Feira de Porto Alegre partiu de uma iniciativa também nos bairros Niterói e Mato Grande, onde ficam a Santos Dumont e Assis Brasil, respectivamente, como conta Chris.

Ela relata ter sido procurada primeiro pela professora Ariane Simão de Souza, que ressaltou a importância de conduzir as crianças por entre o “mar de livros” da Feira.

“A professora já desenvolvia um projeto muito bacana em sala de aula com os alunos, então que bom ter nos procurado para garantir um passeio sadio das crianças em Porto Alegre”, elogiou. “Porque foi quando ela me disse que sonhava em levar as crianças na Feira do Livro de Porto Alegre que me impulsionou a ajudá-la”.

Professora da Santos Dumont, Ariane explica que costuma desenvolver atividades que reforcem a leitura em sala de aula. Aproveitou para trabalhar Ziraldo e o Kalunga nos últimos meses por serem de fácil entendimento para os pequenos.

“Por trabalhar com as séries iniciais, fica mais fácil de escolher bons escritores que ensinem o que de melhor há na nossa literatura infantil”, destaca. “As crianças respondem bem e adoram”.

Kalunga deu show no palco

No Auditório Carlos Urbim, montado no Espaço Petrobrás, da Feira do Livro, as crianças riram à vontade com um espetáculo criado pelo escritor gaúcho Carlos Heráclito Mello Neves, mais conhecido como Kalunga.

Aos 75 anos, o veterano, autor de 46 obras, divertiu os pequenos com suas irreverentes rimas em prosa. Brincou e incentivou as crianças presentes a brincarem durante a apresentação.

De pé, com um par de óculos desproporcionais e um chapéu de cogumelo na cabeça, ou sentado somente com o violão, Kalunga cantou e encantou com versos acessíveis e universais. Para o premiado escritor.

“Fazer poesia é, em essência, brincar com as palavras. E quem entende mais de brincadeira que as crianças?”, argumenta.

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