Em meio a tragédia que atingiu a cidade, há canoenses que encontram tempo para escrever o amor em flores. Isso porque é Dia dos Namorados e a celebração pede o carinho do tamanho da união entre os pares.
A quarta-feira (11) começou mais feliz para os apaixonados, mas não somente para eles, já que a data impulsiona todo um setor de vendas itens específicos para aquecer corações.
Proprietária de uma loja no bairro Marechal Rondon, a empresária Mariana Vasques chegou a pensar que ficaria em pleno Dia dos Namorados devido à tragédia que aconteceu em Canoas durante o mês de maio.
Moradora do bairro Niterói, ela mesma precisou deixar a casa em que vive duas vezes por conta de ordens de evacuação. Somado a isso, o depósito da empresa também acabou inundado. O amor, contudo, falou mais forte.
“Durante o mês de maio inteiro quase não fizemos negócios e cheguei a pensar que o Dia dos Namorados seria afetado igual ao Dia das Mães”, diz. “Só que as encomendas começaram agora na véspera, já que o brasileiro deixa tudo para a última hora”.
As encomendas para a Festejar.com, como não poderia deixar de ser, têm sido de flores, chocolates, vinhos e ursos de pelúcia. Há quem inclusive encomende kits com todos os itens citados acima para presentear quem ama.
“A gente entende a tragédia que aconteceu em Canoas e sente muito por aquelas pessoas que perderam tudo o que tinham, porém, estamos felizes pelos pedidos e pela importância que a data está recebendo”, observa.
Arte perdida
Conta a história do ocidente que o hábito de cultuar e dar flores nasceu com os gregos, cuja poesia começou a ser induzida primeiro em cerimoniais entre autoridades. Coube, entretanto, a homens e mulheres mundanos imortalizar o gesto de flores ao amado(a).
Há 30 anos trabalhando com flores, Rosane Rigui, 58 anos, diz ser uma arte a confecção de arranjos e o manuseio com rosas e orquídeas. Algo que, infelizmente, as gerações mais novas não têm paciência.
“É uma sensação única trabalhar com flores”, afirma. “Tive floricultura e durante muito tempo toquei meu próprio negócio, mas hoje continuo apenas trabalhando como empregada com aquilo que me dá mais prazer”.
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