As obras de construção do Centro Humanitário de Acolhimento da Refap seguem avançando em Canoas. A montagem de 200 unidades habitacionais fornecidas pela Agência da ONU para Refugiados (Acnur) está sendo feita por soldados do Exército Brasileiro.
Nesta quinta-feira (20), o local passou por vistoria do vice-governador Gabriel Souza e do secretário-chefe do Escritório de Resiliência Climática (Eclima) do município, José Fortunati.
Na ocasião, as autoridades visitaram os espaços individuais e coletivos que terão capacidade para acomodar até 1 mil pessoas desabrigadas pela enchente que atingiu o município em maio.
Com a previsão de entrega para o início de julho, os processos de drenagem e compactação do solo, instalação de tubulação da rede de esgoto e energia elétrica, a montagem das áreas de multiúso e das casas foram intensificadas nesta semana.
Segundo a engenheira da Secretaria Estadual de Obras, Camila Dias, responsável pelo projeto do Centro Humanitário, a obra passou por adaptações.
“Houve a necessidade de realizar o nivelamento do solo. Com isso, a montagem das casinhas demorou mais que o previsto. Nesta semana, 50 militares estão trabalhando exclusivamente na armação das unidades habitacionais. Também receberemos mais contêineres. Ao todo, teremos 17 contêineres com seis sanitários cada e oito com seis chuveiros em cada”, explica.
Além dos banheiros, outras áreas de uso comum estão sendo executadas, entre elas: espaços kids e pets, refeitório, cozinha, lavanderia, fraldário/lactário, entre outros espaços modulares.
A seleção das famílias que deverão ir para o Centro Humanitário, localizado próximo à Refap, está sob responsabilidade da Prefeitura de Canoas.
“Temos cerca de 2 mil pessoas em abrigos na cidade. A ideia é dividir. Uma parte deverá ficar aqui e a outra será destinada para o Centro Humanitário que está sendo montado no Centro Olímpico Municipal”, frisa Fortunati.
Conforme o secretário do Eclima, equipes da Defesa Civil estão realizando vistorias nas casas atingidas pela inundação. “Quem não está nos abrigos, mas a residência segue sem condições de habitação, também poderá ser encaminhado para os centros”, diz.
Parceria
O Sistema Fecomércio-RS/Sesc/Senac vai financiar as estruturas, assim como a contratação da Organização Internacional para as Migrações (OIM), que será responsável pela gestão dos locais.
A concepção do projeto, tratativas para execução, segurança dos espaços e o apoio aos municípios nas demandas de saúde e educação ficarão sob responsabilidade do Estado.
Além da seleção das famílias, a Prefeitura ficará responsável pela preparação da infraestrutura dos terrenos onde serão instalados os centros e da viabilização de serviços básicos.
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