Bastou um choque entre dois caminhões e as sirenes do Corpo de Bombeiros passaram a gritar. Rapidamente, houve a mobilização de diferentes setores em torno de um princípio de incêndio em uma carga de GLP em Canoas.
Foto: PAULO PIRES/GES
ENTRE NA COMUNIDADE DO DIÁRIO DE CANOAS NO WHATSAPP.
O simulado programado na esquina das avenidas Antônio Frederico Ozanan e Farroupilha, no Parque Ozanan, na manhã desta terça-feira (3), foi organizado pensando na resposta rápida de bombeiros e Defesa Civil.
Uma multidão de curiosos se reuniu na área para acompanhar a eliminação das chamas e o resgate ao motorista de um dos caminhões que acabou ferido devido ao grave acidente.
“Simulamos uma operação com lesões leves ao motorista, então o atendimento foi o mais rápido possível”, explicou o comandante do Batalhão de Bombeiros Militares (BBM) de Canoas, Anderson Rogovschi.
A ação estava prevista na programação do Plano de Auxílio Mútuo (PAM), atividade que mobiliza diferentes equipes de socorro com o acionamento de alarme, segundo o comandante dos Bombeiros.
“A ideia é estarmos preparados para uma resposta imediata a este tipo de ocorrência, que não é incomum, e acaba exigindo cautela e precisão de todas as equipes envolvidas no sinistro”, defende.
Bloqueio
Devido ao simulado, a movimentada Avenida Antônio Frederico Ozanan acabou fechada para os treinamentos antes mesmo das 8 horas. A necessidade de isolamento da área acabou criando uma fila de carros e despertou curiosidade.
Desavisado, o operador de empilhadeira Maurício Leotte encostou o carro no meio-fio e correu para o local para ver de perto o “acidente” que mobilizou dois caminhões dos bombeiros.
“Eu não sabia que não era de verdade”, disse o trabalhador de 44 anos. “Pensei que algo muito grave tinha acontecido, larguei o carro e fui ver. Dá medo, porque se essa zona pega fogo, incendeia Canoas toda devido às tubulações de gás”, opina.
Acidentes
O objetivo é colocar em prática os procedimentos necessários em caso de emergência, como acidentes, incêndios, explosões e outras adversidades, identificando possíveis erros nos protocolos de modo que, em situações reais, não ocorram essas eventuais falhas.
Coordenador da Defesa Civil de Canoas, Marcelo Ribeiro aponta que a área foi escolhida justamente devido à incidência de acidentes de trânsito por conta do enorme movimento de caminhões e cargas no local.
“Há muitas empresas ligadas a Refap [Refinaria Alberto Pasqualini] e a demanda por transporte e carga é enorme, portanto um simulado com uma situação de alto risco como a criada é realista e envolve alto risco pela carga transportada”.
Foto: PAULO PIRES/GES
Treinamento
Um dos coordenadores da operação ligado à empresa Supergasbras, Julian Silva esclareceu que a programação do Plano de Auxílio Mútuo (PAM) deste ano decidiu por um choque entre caminhões, porém não é sempre assim.
“Já houve fogo em vegetação ameaçando uma empresa e também um acidente simulado dentro da própria estrutura da empresa”, explica. “A gente altera o programa conforme a necessidade do treinamento”.
As ações conjuntas para atendimentos emergenciais durante eventuais sinistros e o suporte mútuo, com emprego de recursos humanos e materiais de cada empresa ou instituição, são debatidos pelos integrantes do PAM.
“Costumamos nos reunir e destacar estratégias adequadas que visem a pronta resposta e também o resgate e salvamento de vidas, que é aquilo que interessa neste tipo de situação”, conclui.
LEIA TAMBÉM
