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CHUVA

Semana começou com faxina pós-alagamento

Famílias do bairro Niterói relatam os transtornos e questionam o funcionamento da Casa de Bombas

Publicado em: 16/01/2024 às 10h:56 Última atualização: 16/01/2024 às 11h:02
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Os estragos transtornos causados pelos alagamentos ocorridos neste domingo, 14, fizeram com que a segunda-feira começasse atípica para algumas famílias canoenses, principalmente no bairro Niterói. O local foi um dos mais atingidos pela forte chuva que veio depois de um calor extremo, no final da tarde, acompanhada de granizo. Em duas horas, o acumulado no bairro foi de 81,3 milímetros. 

 15/01/2024  ALAGAMENTO BAIRRO NITEROI | abc+



15/01/2024 ALAGAMENTO BAIRRO NITEROI

Foto: PAULO PIRES/GES

Adriana Testa, moradora da Rua Protásio Alves, teve a casa invadida por cerca de 40 centímetros de água. Móveis da sala, da cozinha e dos quartos foram atingidos, além do fogão e da geladeira, que correm o risco de não funcionar. O marido, o irmão e uma vizinha começaram a segunda-feira ajudando na faxina.

Ela conta que tem 41 anos e cresceu na casa onde ainda mora com o marido e um bebê de um ano. “É a segunda vez em uma década e meia que alaga. Acho que não ligaram a casa de bombas. Lembro que da outra vez foi isso, mas daquela vez choveu muito mais do que neste domingo e por mais tempo”, afirma. Na residência em frente, dos pescadores Clélia Jardim e Anildo Antônio, a situação era praticamente a mesma. Os dois estavam fora durante a chuvarada e quando chegaram em casa, por volta das 23 horas, encontraram armários, camas e guarda- -roupa molhados, além da sujeira do pátio e do chão da casa toda. A filha de Anildo estava em casa e quando a água começou a invadir ela subiu os móveis que pôde.

Assim como na casa de Adriana, a água vinha da rua e do ralo do banheiro. Nas duas casas, os moradores não conseguiram ir trabalhar para fazer a limpeza e tentar diminuir o prejuízo. Clélia e Anildo também falam da casa de bombas. “Não abriram”, acredita Clélia. Ela o marido relatam que perderam muitos alimentos que estavam na parte inferior do armário. “A correria agora é com a limpeza, colocar as coisas para secar e rezar para que não chova nos próximos dias”.

Andreia Ibaldo, moradora da Rua Capistrano de Abreu, não teve a casa inundada, mas se assustou com a chuvarada, pois estava na rua. “Vi que alguns vizinhos tiveram que correr, colocando as coisas para cima.”

O que diz a Prefeitura

A Prefeitura de Canoas, por meio da Secretaria de obras, informa que as equipes investigam o que impediu que as águas chegassem até as Casas de Bombas em alguns pontos. De acordo com a Secretaria, as casas de Bombas operaram em pleno funcionamento. “Vamos investigar até encontrar os problemas que ocasionaram os transtornos deste domingo (14)”. A limpeza de bocas de lobo foi feita nesta segunda-feira.

Registro dos atendimentos

De acordo com o secretário adjunto do Escritório de Resiliência Climática e Defesa Civil da Prefeitura de Canoas, Igor Souza, no domingo, dia da chuva e do alagamento, foram registradas 43 chamadas pelo WhatsApp, 72 ligações e oito demandas de resgate. Segundo o secretário, nenhuma família precisou ser acolhida no albergue e foi feita apenas uma entrega de lona. As regiões mais afetadas e com os maiores transtornos foram os bairros Niterói, Rio Branco, Bairro Fátima e parte do Mathias Velho.

 

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