Foram anos reivindicando uma solução para os acidentes de trânsito no cruzamento entre a Avenida Farroupilha e a Rua Júlio de Castilhos. O local que fica no bairro Niterói foi palco de diversas batidas, dia sim e outro também. Muitas vezes os vizinhos precisavam agir rápido para socorrer alguma vítima ou chamar a ambulância.
Porém, há cerca de uma semana a situação mudou, para melhor. Três semáforos foram instalados: dois na Rua Júlio de Castilhos e um na Avenida Farroupilha. “Ficou muito bom, era uma reivindicação antiga”, relata o morador José Carlos, 64 anos, que desde 1975 vive na região. O tempo de espera das sinaleiras é de 30 segundos. “Vai levar um tempo para se acostumar. Já vi alguns veículos passando no sinal vermelho, outros parando em cima, mas já é uma solução.”
No entanto, apesar do risco, na maioria das vezes as colisões não eram registradas na Secretaria de Transporte e Mobilidade. Isso acontecia por dois fatores: danos materiais e imprudência. “Os caras não param, passavam direto.”
Poucos registros
Números da Secretaria de Transporte e Mobilidade atestam que foram poucos registros de acidentes, apesar dos muitos relatos. Em 2020 e 2021 não houve nenhum sinistro registrado. Em 2022 foram três e em 2023 o sistema mostra cinco acidentes computados, três em abril, um em maio e o último em agosto. “Estava há mais de um ano pedindo essa sinaleira. Ainda bem que o prefeito Jairo Jorge nos ouviu. Isso aqui era terra sem lei, os motoristas passavam correndo a 80 km/h”, desabafa o empresário Ailton Medeiros, 53 anos e que mora há 25 no local.
Antes da instalação do semáforo, Medeiros contou que a “última correria” aconteceu há cerca de 20 dias. “Às vezes largava meu trabalho pra ir chamar a ambulância e ver como estavam as pessoas. Já presenciei muitos acidentes com perda total nos veículos. Fico pensando, meu filho passa aqui todos os dias. E se um dia alguém da minha família passar por isso devido a imprudência de outras pessoas? Já havia passado da hora de colocar um semáforo aqui.”
Ailton salienta que apesar do sinal, alguns veículos ainda atravessam no vermelho, ignorando a sinalização. “O pessoal está respeitando. Mas eu noto que principalmente os motoqueiros passam no vermelho, muitas vezes com pressa para fazer uma entrega. Isso é perigoso.”
O empresário reitera que está confiante por dias melhores. “Até pode acontecer, mas vai diminuir muito o número de acidentes”, finaliza.
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