Déficit milionário

Secretário de Cultura, DJ Cabeção quer manter os eventos, mas com menos dinheiro

Herbert Poersch marcou reunião de urgência, para a noite desta quinta-feira (29), quando se reunirá com artistas para discutir como fazer mais com menos no calendário cultural

Publicado em: 29/02/2024 13:44
Última atualização: 29/02/2024 13:44

A Prefeitura de Canoas anunciou nesta semana o déficit de R$ 421 milhões no caixa da administração em 2024. É preciso economizar para que a máquina não entre em colapso, avisou o prefeito em exercício Nedy de Vargas Marques durante a coletiva marcada na última terça-feira (27).

Secretário Herbert Poersch, o DJ Cabeção, marcou reunião de urgência para concluir metas com artistas Foto: Paulo Pires/GES

Diante do quadro de preocupação, o secretário de Cultura, Herbert Poersch, o DJ Cabeção, marcou uma reunião de urgência, para a noite desta quinta-feira (29), no Paço Municipal, onde discutirá com representantes do setor como fazer mais com menos.

A meta de Cabeção é não cortar nenhum evento e garantir todo o tradicional calendário cultural da cidade em 2024, mas para que isso aconteça, é necessário sentar e discutir a melhor forma diante do quadro financeiro que vive a cidade.

“Não vamos cortar nada”, afirma. “O prefeito Nedy não quer isso e eu também não quero, porém, não dá para fugir da realidade de menos dinheiro. Então vamos sentar e conversar sobre a melhor forma de garantir os eventos de forma organizada e econômica”.

O carnaval, por exemplo, continua confirmado para os dias 10 e 17 de março nos bairros Niterói e Harmonia. Será uma festa bonita e que celebrará a tradição histórica dentro de duas importantes comunidades carnavalescas, defende o secretário.

“Nos reunimos com a Associação das Escolas de Samba de Canoas (AESC) e explicamos a situação. Eles queriam um valor X. Nós tínhamos um valor Y. Eles aceitaram”, frisa. “Então o que importa é que festa vai acontecer e ninguém vai parar com nada do que havia sido planejado”.

Embora garanta o ano cultural de Canoas, Cabeção admite que ainda não existe um orçamento definido. Somente após a discussão com o setor, será possível se falar em valores. Isso porque a ideia é contemplar todos os eventos em igual medida.

“Acho que não precisa ser o maior dos espetáculos diante do momento, mas a nossa comunidade cultural e a população também não precisam pagar pelo que está acontecendo”, avalia. “Vamos fazer a festa do 1º de maio, farroupilha, feira do livro, natal, mas com menos dinheiro”.

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