abc+

Trânsito

Secretaria Transportes e Mobilidade projeta mudanças no bairro Marechal Rondon

Há instalações de faixas elevadas, quebra-molas e estudos para semáforos na área que fica nas imediações do ParkShopping Canoas

Publicado em: 16/10/2024 às 14h:07
Publicidade

O recente caso do atropelamento e morte da empresária Carmen Regina Thomazi Ambrozio, 69 anos, reacendeu a discussão em torno da mobilidade no bairro Marechal Rondon. Mais precisamente na área próxima ao ParkShopping Canoas.

Mudanças devem causar impacto no tráfego intenso próximo ao ParkShopping Canoas



Mudanças devem causar impacto no tráfego intenso próximo ao ParkShopping Canoas

Foto: PAULO PIRES/GES

ENTRE NA COMUNIDADE DO DIÁRIO DE CANOAS NO WHATSAPP.

No último domingo (13), parentes e amigos da empresária se reuniram em uma passeata para exigir justiça para o caso e mais segurança no tráfego próximo à rótula entre a Avenida Farroupilha e a Rua Aurora, onde aconteceu o acidente no dia 3 de outubro.

Segundo a Secretaria Municipal de Transportes e Mobilidade, há meses estão sendo planejadas mudanças no tráfego da área. As enchentes de maio, no entanto, impediram o avanço mais rápido dos trabalhos visando o aumento do fluxo de veículos no local.

“Temos projetos desde abril, porém em maio começam as cheias e metade de Canoas, tomada pela água, passou a ocupar a outra metade seca”, explica o secretário Diego Cigolini. “Não havia como implementar nenhuma alteração”.

Nas planilhas da Secretaria, estão a instalação de  duas faixas elevadas em frente ao Colégio Adventista, na Avenida Farroupilha 5.680; dois quebra-molas na altura do Sesi, na Rua Aurora 1.120; além do reforço da sinalização na área.

As medidas visam frear os apressados diante do aumento do movimento na região, que se soma ao excesso de velocidade empregado pelos motoristas. Não, contudo, previsão de semáforo ou lombada eletrônica.

“O Contran [Conselho Nacional de Trânsito] exige estudos que apontem a necessidade de um semáforo ou lombada”, esclarece. “Ali na rótula do ParkShopping, onde o fluxo é acentuado, não há um histórico que sinalize a exigência”.

Educação

O secretário avalia que os mesmos motoristas que se arriscam ao forçar até mesmo ultrapassagens na rótula do ParkShopping, são os mesmos que tiram o pé do acelerador ao circular pelo perímetro urbano de Gramado.

“A questão aqui é cultural”, frisa. “O motorista apressado de Canoas é o mesmo que tira o pé quando circula pela avenida principal de Gramado. Então por que respeita lá e não aqui?”, argumenta Cigolini.

Imprudência

Cigolini lamenta o acidente que culminou na morte da empresária Carmen Regina. Porém, ele lembra que a trágica morte aconteceu em decorrência da imprudência, que tem marcado o ano em Canoas.

“Mapeamos os 34 pontos de maior incidência de acidentes e a quase totalidade diz respeito a imprudência de motoristas, que desrespeitam a sinalização e não obedecem regras básicas da direção defensiva, como dar um pisca”, salienta.

O acidente que vitimou a empresária, avalia, é fruto de direção perigosa, já que as imagens captadas por câmeras de monitoramento mostram a pedestre circulando na faixa de segurança e condutor a atingindo como se não a visse.

“Por tudo que já foi divulgado, sabemos que o motorista em questão soma mais de 50 infrações e já teve a habilitação cassada”, aponta. “Nem deveria dirigir e mesmo assim acabou atropelando uma vítima”.

Trabalho

Passado o período crítico das cheias, a Secretaria de Transportes e Mobilidade deu início a um trabalho intenso de renovação da sinalização viária. Desde então, ocorre a colocação e substituição de placas, pinturas de faixas de segurança e pedestre, além da manutenção de semáforos atingidos pelas águas.

Investigação

A morte da empresária Carmem Regina é investigada pela 3ª Delegacia de Polícia (DP) de Canoas. Segundo a delegada Luciane Bertoletti, há provas em análise, imagens, depoimentos e pedidos de perícias.

Luciane fez questão de esclarecer que, diferente da versão inicialmente apresentada, não houve banner de propagando política que voou e tapou a visão do motorista no momento da colisão.
“O que temos é uma situação de um motorista que não visualizou a pessoa que estava na faixa de segurança atravessando e acabou atropelando [Carmen]. Isso tudo a perícia vai nos mostrar”, explicou.

Publicidade

Matérias Relacionadas

Publicidade
Publicidade