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UM PEDAÇO DA BAHIA

Sabores do verão: Água de coco geladinha é sensação no Calçadão de Canoas

Vendedor apelidado de Baiano comercializa em média 100 cocos diariamente

Taís Forgearini
Publicado em: 09/01/2025 às 15h:04 Última atualização: 09/01/2025 às 15h:08
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Conhecido como “Baiano”, o vendedor Antônio Jarsen dos Santos, 63 anos, comercializa há 32 anos cocos verdes, água (geladinha) de coco e cocadas de variados sabores no Calçadão de Canoas. Natural de Feira de Santana/BA, o veterano chama a atenção pela qualidade dos produtos e pela espontaneidade no atendimento realizado na esquina da Rua Quinze de Janeiro com a Tiradentes.

Baiano comemora os bons resultados de venda



Baiano comemora os bons resultados de venda

Foto: Paulo Pires/GES

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Com o carrinho fixado no mesmo ponto há mais de três décadas, Baiano celebra os clientes fiéis e novos. Com uma média diária de 100 cocos vendidos, entre a fruta inteira e a água extraída dela, o vendedor aproveita o calor típico da atual estação para fomentar o consumo de alimentos mais saudáveis e refrescantes.

“É uma delícia, melhor que refrigerante. Sempre que posso, compro uma garrafinha de água de coco. Ajuda a me manter hidratado. Sou cliente do Baiano há muitos anos. Conheci ele comercializando as famosas cocadas baianas na Expointer”, recorda o aposentado Diomar de Oliveira Gomes, 72 anos.

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No período do verão, a campeã de vendas é a água de coco. Engarrafada na hora, a bebida gelada (500 ml) é comercializada por R$ 17. Já o coco inteiro é vendido por R$ 15 e o copo (300 ml) custa R$ 10.

Durante a estação mais quente, o ritmo de trabalho é intenso. Baiano trabalha de segunda a sexta-feira, das 9 às 18 horas, no Calçadão de Canoas e aos fins de semana na praia de Capão da Canoa.

“Mesmo no período de férias, o fluxo de pessoas segue alto na cidade”, destaca Baiano.

Diferencial e fidelização dos clientes

Para manter o sabor original da água de coco, Baiano utiliza o sistema de serpentina.

Diomar é cliente fiel dos produtos do Baiano



Diomar é cliente fiel dos produtos do Baiano

Foto: Paulo Pires/GES

“A água sai geladinha na hora e sem perder o sabor natural. Quando a água passa pela serpentina, ela mantém as propriedades. Não trabalho com cocos congelados em freezer. Não quero modificar o sabor. O coco precisa estar fresco para não afetar a qualidade do produto”, afirma o vendedor.

Baiano fala com orgulho dos clientes conquistados ao longo dos anos.

“É uma relação mais que comercial, é de amizade.”

Produção, venda de cocadas e sonho

Curiosamente, Baiano optou por comercializar a água de coco somente no Calçadão de Canoas. Em Capão da Canoa, a venda é apenas das cocadas.

“Na praia, não tenho ponto fixo, sou ambulante, ou seja, vendo na areia. Já há muitos quiosques que vendem cocos, não quero gerar conflito”, explica.

As cocadas também são vendidas no Calçadão de Canoas. Os preços variam entre R$ 10 e 15. Entre as opções estão os sabores de abacaxi, leite condensado, maracujá, coco queimado, doce de leite, entre outros.

Baiano sonha com a construção de um quiosque no Calçadão. “Seria o ideal para produzir as cocadas ao vivo e ampliar o atendimento”, completa.

O início

O vendedor conta sobre a trajetória de vida.

“Saí de Feira de Santana para tentar a vida em centros maiores. Fui para São Paulo quando tinha 28 anos para trabalhar como ajudante de carga e descarga de coco. Fiquei um tempo até que um senhor me ensinou a fazer cocada”, relembra.

Após aprender a fazer o doce, Baiano viu uma oportunidade de ter o próprio negócio.

“Entre os municípios que pesquisei na região metropolitana do Rio Grande do Sul, Canoas foi a cidade que mais me chamou a atenção para morar e trabalhar”, finaliza.

 

 

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