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AGOSTO DOURADO

Rotina da amamentação mantida mesmo na escola

Mães podem ir até escolas de Educação Infantil para amamentar os filhos; Outra opção é levar o leite materno

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Publicado em: 10/08/2023 às 09h:55
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Como conciliar o trabalho e a amamentação? Afinal, são quatro meses de licença maternidade e o aleitamento materno deve continuar. Pensando nisso, em Canoas, os profissionais das Escolas de Educação Infantil (Emeis), são capacitados para receber as mães e também manejar o leite disponibilizado por elas.

Letícia amamenta o pequeno Lucas



Letícia amamenta o pequeno Lucas

Foto: PAULO PIRES/GES

Letícia da Costa Meira, 32 anos, comprova que a iniciativa está dando resultado. Mãe do pequeno Lucas Meira de Farias, ela vai todos os dias até a Emei Ledevino Piccinini, bairro Fátima. “Quando ele entrou na escola, não sabia como ia ser. As gurias me acolheram super bem”, afirma Letícia, se referindo às professoras.

Atualmente com 9 meses, Lucas foi para a escola aos 4, em fevereiro. No início do ano letivo, Letícia tirava o leite e levava em pequenos recipientes. ‘As gurias administravam, ele tomou exclusivamente o leite materno até os cinco meses, depois não conseguia mais tirar para trazer e passei a introduzir a fórmula.”

Rotina

No que se refere a rotina, Letícia costuma ir todos os dias até a escola no mesmo horário. “Entre às 13 horas e 13h30. Adaptamos a rotina para que ele possa tirar um cochilo”, brinca.

Agora, além do leite materno e da fórmula, Lucas também já está ingerindo outros tipos de alimentos. “Ela come frutas, papinha.” Ainda sobre a rotina, Letícia conta como lida com a amamentação durante o dia. “Ele costuma mamar no peito ao acordar, depois toma um mamá com fórmula. Na escola costuma comer frutas e depois no meu horário de almoço venho amamentar. Na parte da tarde a alimentação é normal.”

Em casa a amamentação é liberada. “Ele tem livre demanda, pode mamar sempre que quiser.” Letícia explica que pretende amamentar até onde conseguir. “Até onde nós dois quisermos.”

“Apoio na escola é muito importante”

A diretora da Emei Ledevino, Renata Silva dos Santos, reiterou que a escola segue todas as orientações da nutricionista que trabalha na Secretaria da Educação (SME). “Cada bebê tem uma rotina de alimentação diferente.”

A SME também preparou um folder para divulgar a importância do aleitamento materno e do Agosto Dourado. “Sabemos a importância para a criança e também para a família. Então buscamos incentivar a amamentação.”

A diretora explica que a escola não é um lugar apenas para os alunos. “É um espaço também para a família.” Letícia concorda e reitera. “A gente se sente em casa. A acolhida deles foi fundamental para me acalmar”, diz.

Dificuldades no início e medo de não conseguir amamentar

Letícia conta que teve dificuldade para amamentar no início do aleitamento. “Tive essa dificuldade, sentia muita dor.” Foi então que resolveu procurar uma consultoria em amamentação e encontrou a profissional canoense Barbara Camacho. “Achava que era só colocar meu filho no peito e ele iria mamar. Tinha medo de não conseguir.” Durante a gestação ela diz que se informou de tudo, menos sobre o aleitamento. “Pensei que seria um instinto.”

Barbara, que além de consultora em amamentação é fisioterapeuta obstétrica, esclarece que não é bem assim. “O bebê nasce sabendo sugar, não mamar. Sendo assim, parte do trabalho é ensinar a criança a mamar e a mãe a amamentar.”

As principais dificuldades, segundo a especialista, são as dores, que geram fissuras no mamilo. Foi o caso de Letícia e Lucas. “Só aguentei até os 3 meses por saber a importância de amamentar, a dor era muito forte.” Foi quando descobriu o problema: língua presa. “Ele fez a cirurgia e depois ficou tudo bem.”

 

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