Os funcionários das empresas que oferecem transporte público na Região Metropolitana de Porto Alegre fazem uma paralisação na manhã desta segunda-feira (16). Os rodoviários reivindicam ajuste salarial que deveria ter sido concedido em junho de 2024.
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Foto: Fotos: Felipe Uhr/ GES-ESPECIAL
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O Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Guaíba (STTRG), uma das cidades afetadas, informou em nota o motivo da paralisação. “Falta de reajuste salarial, desde junho de 2024, data base da categoria. Jogo de empurra e empurra entre seguimento patronal e governo do estado faz com que trabalhadores fiquem sem ser atendidos nas questões salariais.”
Os moradores das cidades de Viamão, Alvorada, Cachoeirinha, Eldorado do Sul, Canoas, Gravataí, Guaíba e Camaquã são afetados pela situação neta segunda-feira. De acordo com a Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan), empresa responsável por regular o transporte intermetropolitano, que mais de 100 mil pessoas foram afetadas com a paralisação.
Situação nas cidades
Em Canoas, a empresa Transcal emitiu uma nota sobre cenário na cidade. “A empresa foi surpreendida pela paralisação dos rodoviários na manhã de hoje (16/12/2024). Todas as rotas oferecidas pela empresa foram impactadas pela manifestação, que impediu a movimentação dos veículos até às 9h da manhã.”
Em Cachoeirinha e Guaíba, os ônibus já estão circulando nesta manhã. De acordo com o Sindicato dos Rodoviários de Guaíba e Região, os ônibus já estão autorizados a circular em todos os municípios da Região Metropolitana, desde às 8 horas.
O que diz a Metroplan
Em entrevista para a Rádio Gaúcha, o superintendente da Metroplan, Francisco Hörbe, explicou a situação do transporte público. “O governo do Estado, através da Metroplan, desde a pandemia tem assegurado esse reajuste através de auxílios para não passar todo o aumento tarifário aos trabalhadores, aos usuários. Então no dia 1º de junho desse ano tinha um reposicionamento do reajuste. Porém no meio da calamidade o governador Eduardo Leite e o vice Gabriel Souza e a Metroplan decidiu que ia conseguir segurar por seis meses a tarifa através de um subsídio.”
“Fomos surpreendido com essa paralisação sem nenhuma notícia prévia. Mas o que eu quero garantir, e tranquilizar, é que o governo do Estado está fazendo a sua parte e assim que a solicitação do recurso orçamentário da Fazenda for repassado à Metroplan, os os pagamentos e os processos estão vão ser continuados até o final do ano”, completa.
Reunião antecipada
O Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários do Estado do Rio Grande do Sul (SETERGS) emitiu uma nota, declarando desconhecimento da paralisação. Além disso, informou que uma reunião no Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4), anteriormente agendada para quinta-feira (19), foi antecipada para às 17 horas desta segunda-feira.
A reunião de mediação trata do impasse no reajuste salarial dos rodoviários que estava previsto para junho deste ano. O sindicato da categoria não descarta nova paralisação caso não cheguem a um acordo.
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