Preocupação
RISCO DE QUEDA: Árvore preocupa moradores em movimentada via de Canoas desde o temporal
Queda de galho gigantesco na última sexta-feira (8) reacendeu discussão em torno da vegetação na cidade
Última atualização: 13/03/2024 12:30
Não houve vento. Bastou que a chuva caísse sobre uma açoita-cavalo para que um enorme galho da árvore despencasse, na manhã da última sexta-feira (8), assustando moradores e comerciantes.
A Rua Mauá, onde caiu o galho, chegou a ficar trancada devido ao acidente. Na opinião dos moradores do bairro Rio Branco, caso uma pessoa estivesse passando pelo local, a fatalidade seria inevitável.
A queda que aconteceu no bairro Rio Branco acabou reacendendo a discussão em torno da vegetação em Canoas, já que os últimos temporais deixaram um rastro de destruição em pontos distintos da cidade.
No bairro Marechal Rondon, os moradores estão preocupados com uma árvore cujos galhos penderam em direção a via pública e existe a ameaça de queda desde o último temporal em janeiro.
A árvore fica na Rua São Pedro, quase na esquina com a Rua Duque de Caxias, e a poucos metros do Parque Getúlio Vargas (Capão do Corvo), um dos pontos de maior movimentação da cidade.
“A gente está com medo desde o temporal, porque grande parte da árvore já caiu”, explica Fernanda Pelufo, proprietária de uma loja quase em frente ao endereço. “Se der um vento, é possível vir abaixo o resto”, acrescenta.
Ela conta o estrago causado pelos galhos da árvore, derrubaram a rede elétrica e obstruíram a vida. Coube a técnicos da Rio Grande Energia (RGE) fazer a poda e liberar a rede e a rua.
“Eles vieram para fazer o serviço e ligar a luz, mas a gente sabe que não são eles que vão avaliar o risco de um novo acidente”, argumenta. “Acho que alguém da Prefeitura tem que avaliar a situação e eliminar o risco”, opina.
Moradora da casa que fica em frente a árvore em risco, Cláudia Milkewicz dos Reis relata já ter visto um veículo ser engolido por uma enorme árvore que caiu durante o último temporal.
“Acho que a São Pedro foi uma das ruas mais atingidas pelo último temporal aqui no bairro, porque ficou intransitável”, salienta. “Tinha árvore por tudo e teve até um carro que foi parar debaixo de uma”.
Para Cláudia, o risco maior nem chega a ser para os motoristas, mas, sim, a proximidade com a Escola de Ensino Fundamental Edgar Fontoura, já que o movimento é grande de crianças no local.
“Se cair em cima de um carro pode acontecer um acidente, mas se cai em cima de uma criança, mata na hora, porque o movimento é enorme aqui na rua”.
Fios soltos
Desde o último temporal, existem broncas dos moradores também para o emaranhado de fios e também cabos soltos nos postes de energia elétrica. O problema não é novo, mas piorou desde a queda da vegetação. Como aponta dona Cláudia, há fiação solta que ficou enrolada em árvores, placas e até lixeiras.
“Me falam que esses fios arrebentados não dão choque, mas eu não sei se isso é verdade”, reclama. “Penso que não deveria ficar assim, tudo solto com a ponta para baixo ou enrolado em galhos. Acho perigoso e uma vergonha do jeito que deixaram”.
Prefeitura confirma convênio
Segundo o secretário de Meio Ambiente Gustavo Rabaiolli, O município firmará, em breve, o chamado Acordo de Cooperação Técnica com a concessionária Rio Grande Energia (RGE) denominado Arborização + Segura, que regulará o manejo das árvores em conflito com a rede elétrica. A ideia é realizar o levantamento destas situações, avaliar a necessidade de supressão, dialogar com os moradores e garantir a devida compensação no caso da retirada do vegetal.