Nesta terça-feira (18), oito escolas da rede municipal de ensino voltam às aulas em Canoas. São seis Escolas Municipais de Ensino Fundamental (Emefs) no lado leste da cidade e duas no lado oeste. Ao todo, quase cinco mil alunos retornam aos estudos após a enchente histórica que atingiu diretamente 180 mil pessoas no Município.
Foto: Valentina Bressan/Especial
Na Escola Municipal Tancredo Neves, no bairro Estância Velha, a limpeza e organização das salas está sendo feita desde a última semana. A equipe completa de funcionárias de limpeza da escola está presente para essa operação.
“Até a semana passada, a escola estava funcionando como central de marmitas. Assim que a Assistência Social realocou os alimentos no Restaurante Popular e nos abrigos, começamos a limpeza”, conta a diretora Simone Pirotta Tancredo.
Na Tancredo Neves, quase 100% dos alunos retornam ao ensino regular, segundo mapeamento da direção. “Só tivemos três alunos atingidos. Já separamos kit escolar para o retorno e ajudamos as famílias. Temos professores atingidos que não retornam nesse momento”, explica a diretora.
Retorno em blocos
A secretária adjunta da Educação de Canoas, Érida do Amaral afirma que a volta às aulas será organizada gradativamente. “Neste semana, retomamos em oito, e a tendência é de que tenhamos outro bloco de retorno na semana que vem.”
Escolas que serviram como abrigo precisam passar por processos de limpeza, e as escolas do lado oeste, mais afetadas pela enchente, terão a infraestrutura avaliada e as perdas de materiais contabilizadas.
Recuperação do ano letivo
Ainda em maio, o Conselho de Educação do governo federal aprovou um parecer que flexibiliza o cumprimento dos 200 dias letivos para redes de ensino fundamental gaúchas. “As 800 horas-aula vão ser cumpridas com atividades de recomposição de aprendizado”, segundo a secretária adjunta.
Como o retorno das aulas ocorre em blocos, cada grupo contará com diferentes calendários para recuperação de atividades. Alunos que seguem impossibilitados de comparecer à escola também terão alternativas, como a entrega de atividades para fazer em casa. “Também estamos buscando uma plataforma de jogos educativos para esses alunos”, afirma Érida.
De acordo com a secretária adjunta, a recuperação das atividades não vai ultrapassar o limite do ano letivo. Ainda não há definição como será a recuperação. A Secretaria de Educação realiza um levantamento para averiguar quais alunos se mudaram ou já solicitaram transferência. “A grande maioria acena que vai retornar às aulas”, garante.
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